Brasil Novo Notícias: MAIS DE 30 SERVIDORES DA SEDUC SÃO PRESOS SUSPEITOS DE FRAUDAR AUXÍLIO NATALIDADE

terça-feira, 5 de junho de 2018

MAIS DE 30 SERVIDORES DA SEDUC SÃO PRESOS SUSPEITOS DE FRAUDAR AUXÍLIO NATALIDADE


Mais de 30 servidores da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) são presos, nesta terça-feira (05), na Operação Verônica da Polícia Civil do Pará. Eles são suspeitos de participar de um esquema que fraudava dados no sistema de informação do setor de recursos humanos do órgão. Foram cumpridos mandados na capital, na região metropolitana, em Mãe do Rio no nordeste do Pará e também em Macapá (AP) e Gaspar (SC).
Os suspeitos presos na capital e na região metropolitana foram conduzidos para a Delegacia Geral da PCPA, em Belém, para prestar depoimento. Além dos mandados de prisão, também foram cumpridos mandados de busca e apreensão.
De acordo com as investigações, os funcionários da Seduc são suspeitos de, no ano de 2016, terem recebido quantias em dinheiro referentes a um auxílio natalidade, emitido de forma indevida. O esquema teria começado com informações falsas de pessoas que devido a gravidez foram inseridas no sistema de informação da Secretaria, para que os valores referentes ao benefício fossem liberados em folha de pagamento.
O esquema passou a mobilizar outros funcionários de diversos setores da Seduc e de escolas da rede estadual que passaram a buscar interessados em receber os valores de forma ilegal. Em troca, o funcionário do setor de folha de pagamento e os responsáveis por captar novos falsos beneficiários recebiam cerca 50% do valor.
As investigações da Polícia Civil apontam que, pelo menos, 100 pessoas chegaram a ser beneficiadas ilegalmente com o auxílio natalidade. Entre os suspeitos estão diretores de escolas e professores. Ao todo, 40 mandados foram expedidos pela Justiça do Estado, para cumprimento de prisão preventiva e prisão temporária.
Operação Verônica
As investigações da Polícia Civil foram iniciadas após denúncias feitas pela titular da Secretária de Educação, Ana Cláudia Hage. As primeiras informações foram de que um dos funcionários responsáveis pelos lançamentos na folha de pagamento utilizava uma senha padrão para inserir no sistema dados falsos sobre filhos de funcionários que não existiam. Dessa forma, ele beneficiava indevidamente alguém com pagamento de auxílio natalidade no valor de um salário mínimo por filho.
O nome da operação é alusivo ao caso que ficou conhecido nacionalmente como a "Grávida de Taubaté", em que uma mulher, chamada Verônica, divulgou uma falsa gravidez de quadrigêmeos para conseguir doações e benefícios.
Fonte: G1/PA

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