Elevação
do preço médio foi uma das consequências do desabastecimento
O preço do botijão de
gás de cozinha de 13 quilos continua em alta em Belém e em todo o Estado,
informa o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos
do Pará (Dieese/PA), com base em informações da Agência Nacional de Petróleo
(ANP).
A ANP registrou que o gás de cozinha teve alta de 4,52%
em Belém, na semana de 27de maio a 2 de junho, sendo vendido ao preço médio de
R$ 66,82. Na semana anterior, entre 20 e 26 de maio, no início da greve dos
caminhoneiros, o valor médio do gás em Belém era de R$ 63,93, com menor preço a
R$ 60 e maior preço a R$ 75.
Quando o cálculo é feito para todo o Pará, o preço médio
do gás de cozinha é ainda mais alto: entre os dias 27 de maio e 2 de junho, o
botijão de gás de 13 quilos foi comercializado no Estado a R$ 73,09, com
valores oscilando entre R$ 60 e R$ 95, informou o Dieese/PA, que aponta
reflexos da greve dos caminhoneiros como motivo para a alta, que atinge
praticamente todos os setores da economia, com destaque para os combustíveis,
fonte de preocupação para a população.
Apesar do levantamento que indica que o gás de cozinha
está mais caro, nenhum aumento oficial foi divulgado, ficando, portanto, na
conta da concorrência entre os revendedores e da falta do produto em
decorrêncai da greve em alguns locais, especialmente no interior do Estado,
onde houve graves problemas de desabastecimento, por causa do bloqueio das
rodovias.
O aumento não foi sentido pelo borracheiro Samuel do
Nascimento, de 45 anos, que comprou um botijão e gás ontem de manhã. De acordo
com ele, o depósito onde costuma comprar “sempre mantém um preço mais
acessível, abaixo de outros revendedores de Belém”.
O presidente do Sindicato das Empresas Revendedoras de
Gás Liquefeito de Petróleo do Estado do Pará (Sergap), Francinaldo Oliveira,
afirma que, após consulta com diversos revendedores, “não há, em Belém, nenhum
movimento de alta no preço do gás”.
“Nós, do Sergap, desconsideramos como válida a pesquisa
da ANP, pois é feita por telefone, ou seja, não é uma consulta ‘in loco’, sendo
pouco representativa, pois analisa uma parcela muito pequena de postos
revendedores e não leva em consideração a localização desses postos. Isso quer
dizer que eles não consideram a logística para o gás chegar a determinado
local, o que influencia nesse aumento ou baixa de preço em determinados postos
do Estado”, garante. Ainda de acordo com Oliveira, a pesquisa da ANP alcança
apenas 20 municípios de todo o Estado, “então, analisa um número ínfimo de postos
revendedores se comparado ao total”.
Fonte:
Portal ORM
Nenhum comentário:
Postar um comentário