Crédito: Hiroshi Bogea |
A Justiça Federal
decretou a prisão de João Salame Neto, ex-prefeito de Marabá e
coordenador de campanha do candidato ao Governo Helder Barbalho (MDB).
Ele foi preso às 06h da manhã desta quinta-feira (18), em Brasília, Distrito
Federal.
João Salame é alvo da Operação Partialis, que
combate desvio de recursos públicos no Pará. Os trabalhos realizados na manhã
de hoje pela PF, em conjunto com a Receita Federal, é um desdobramento da
Operação Asfixia, onde sete mandados judiciais foram expedidos pela 2ª
Vara da Justiça Federal de Marabá, nas cidades de Marabá, Altamira, e Brasília,
sendo quatro mandados de prisão preventiva, quatro de prisão
temporária e nove mandados de busca e apreensão.
O ex-prefeito de Marabá, é atualmente Diretor do
Departamento de Atenção Básica da Secretaria de Atenção à Saúde do Ministério
da Saúde, do Governo Temer. Segundo a Polícia Federal, o coordenador de
campanha de Helder Barbalho é acusado de participar de um esquema fraudulento,
que desviou mais de R$ 2 milhões de reais da prefeitura de Marabá. As
investigações apontaram para fraudes em licitações para aquisição de gases
medicinais promovidas pela prefeitura da cidade.
Após a análise de documentos apreendidos, além dos
demais elementos de informações colhidos durante a operação e investigações,
foi descoberto um esquema ilegal dentro da prefeitura municipal, com práticas
que consistiam na cobrança de valores por parte de servidores municipais em
troca da facilidade no recebimento de valores atrasados. Chamou a atenção em
especial, uma anotação que indicava o depósito de R$ 100 mil reais para uma
dita “parceria”.
Ao todo, em verbas federais, municipais e
estaduais, os assessores diretos do ex-gestor municipal, sacaram em espécie, na
boca do caixa das empresas que tinham contratos com a Prefeitura de Marabá,
mais de R$1,5 milhão. Além desses valores já citados para a dita
“parceria”, outros R$1 milhão foram depositados na conta da esposa de um
assessor imediato do ex-prefeito, sendo que parte desses valores foram
transferidos, através de terceiros diretamente para as contas do ex-gestor
municipal. Além da apropriação desses montantes, também foi adquirido, com
recursos públicos federais, por um dos empresários investigados e presos
durante a Operação Asfixia, uma aeronave adquirida de uma empresa com sede em
Altamira.
Com colaboração de Evandro Corrêa
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