Cláudia Silva Ferreira
foi baleada no Morro da Congonha, em Madureira. Policiais a colocaram no
porta-malas da viatura para levá-la ao hospital.
O comandante-geral da Polícia
Militar, José Luis Castro Menezes, afirmou nesta terça-feira (18) no Bom Dia
Rio afirmou que a cena de Cláudia Silva Ferreira sendo arrastada por um carro
da PM é ‘chocante’. A auxiliar de serviços gerais morreu no domingo (16) após
ser atingida por uma bala perdida no Morro da Congonha, em Madureira, no
Subúrbio do Rio. Policiais a colocaram no porta-malas da viatura para levá-la
ao hospital, mas o compartimento abriu e ela ficou pendurada por um pedaço da
roupa.
“Para nós também é uma cena muito
chocante.Nós somos solidários a família da senhora Cláudia, também ficamos
consternados ao assistir aquela cena”, afirmou Menezes.
Depois de baleda, Cláudia Ferreira
foi colocada no porta-malas da viatura. Segundo o comandante-geral da PM, o
procedimento dos policiais deveria ter sido diferente.
“Eles deveriam ter colocado ela no
banco trazeiro, de forma que pudessem confortá-la melhor e até prestar os
primeiros socorros até a chegada daquela viatura em um hospital”, afirmou o
comandante-geral.
Os subtenentes Adir Serrano Machado
e Rodney Miguel Archanjo, e o sargento Alex Sandro da Silva Alves, foram presos
e um inquérito Policial Militar instaurado.
“Vamos abrir um procedimento
apuratório para investigar como se deu esta ocorrência desde o início até o
final e possivelmente também serão submetidos a conselho de disciplina, onde
nós vamos decidir pela permanência ou não no quadro da corporação”, disse
Menezes.
Segundo parentes de Cláudia
Ferreira,os policiais que a levaram relataram no boletim de ocorrência que a
auxiliar de serviços gerais era vista como suspeita e que ela teria resistido a
prisão.
“Eu ainda não tive acesso aos
depoimentos, mas se eles declararam isso vão ter que provar. Se o procedimento
apuratório ficar provado que eles estavam mentindo também terão que responder
por isso”, falou José Luis Castro Menezes.
Causa
da morte
O corpo de Cláudia foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) para passar por autópsia. Segundo o comandante-geral da PM, só após o laudo a causa da morte será esclarecida.
“O corpo foi levado para o IML e lá então a autópsia vai revelar qual foi a causa da morte e isso vai fazer parte do inquérito”.
O corpo de Cláudia foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) para passar por autópsia. Segundo o comandante-geral da PM, só após o laudo a causa da morte será esclarecida.
“O corpo foi levado para o IML e lá então a autópsia vai revelar qual foi a causa da morte e isso vai fazer parte do inquérito”.
Recomendação
da PM no socorro às vítimas
O comandante ainda ponderou que nem sempre é possível para os policiais aguardar a chegada de uma equipe médica para atender os feridos nos locais de tiroteios: “A gente tem que prestar o socorro, já que em uma área de conflito. A dificuldade da chegada da ambulância é muito grande e vai haver um clamor público para que aquela pessoa seja socorrida, caso contrário o policial pode ser acusado até de omissão de socorro, mas a gente tem sempre que ter condições humanas para que essas pessoas sejam socorridas com dignidade”.
O comandante ainda ponderou que nem sempre é possível para os policiais aguardar a chegada de uma equipe médica para atender os feridos nos locais de tiroteios: “A gente tem que prestar o socorro, já que em uma área de conflito. A dificuldade da chegada da ambulância é muito grande e vai haver um clamor público para que aquela pessoa seja socorrida, caso contrário o policial pode ser acusado até de omissão de socorro, mas a gente tem sempre que ter condições humanas para que essas pessoas sejam socorridas com dignidade”.
José Luis Castro Menezes afirmou que
os policiais da corporação são treinados e que ainda não consegue ter uma
conclusão sobre o motivo do corporamento dos policiais envolvidos. “A
orientação existe, eu não consigo chegar a uma conclusão ainda [sobre] o porque
deste tipo de comportamento”.
Cláudia morreu após ser atingida por
uma bala perdida no Morro da Congonha, em Madureira, no Subúrbio do Rio, no domingo
(16), durante uma operação da PM. Testemunhas contaram que ela foi colocada no
porta-malas do carro da polícia para ser levada ao hospital. No entanto,
durante o trajeto, o porta-malas abriu e a auxiliar de serviços caiu, sendo
arrastada pela rua. O vídeo de um cinegrafista amador mostrou a cena.
Fonte: G1/Rio
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