Em Altamira, no sudoeste do Pará, cerca de 2 mil alunos estão sem aulas. As escolas da rede municipal de ensino estão servindo de abrigo para as famílias afetadas pela cheia do rio Xingu.
Dez escolas municipais já abrigam 140 famílias que tiveram que sair das áreas de risco inundadas pela elevação do rio Xingu. A água subiu rápido e afetou os moradores, que foram remanejados às pressas para os colégios.
"A rua não dá mais para a gente passar, não tem como ficar lá. A gente tem medo de dormir lá e a água vir de uma vez", diz a dona de casa Francisca Silva. "A água estava entrando já na cozinha, por isso que eu saí, mas não queria sair", afirma a dona de casa Donata da Silva.
Como os abrigos públicos ainda estão sendo construídos, as escolas foram utilizadas
provisoriamente para receber os novos desabrigados. Cada sala de aula é dividida por duas famílias.
Na porta de algumas escolas foram colocados avisos explicando o motivo da suspensão das aulas. Cerca de 2 mil alunos estão sem estudar.
Mãe de dois filhos, Maria Antônia ficou preocupada com a paralisação das aulas. Ela teme que o aprendizado dos dois filhos tenha prejuízos por causa da suspensão. "Se passar uma semana, duas semanas, um mês com os desabrigados lá, vai ficar difícil. Eles vão perder aula e vai ficar ruim para recuperar", ressalta Maria Antônia.
De acordo com a secretária de educação, os pais e estudantes serão avisados sobre a data de retorno das aulas. Ela também afirmou que não haverá prejuízo ao ano letivo. "O ano com certeza não terá prejuízos. Nós faremos um planejamento, reavaliaremos o nosso calendário letivo", afirmou, Sueli Silva Rodrigues, secretária de educação de Altamira.
G1 PA
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