Mesmo com um ano de atraso no cronograma de operação, a hidrelétrica de Belo Monte, em construção no Pará, corre sérios riscos de enfrentar dificuldades para começar a distribuir sua energia. Isso porque a usina não está sozinha no descumprimento de prazos: os atrasos já afetam as obras da linha de transmissão de Belo Monte.
O empreendimento, conhecido como “linhão pré-Belo Monte”, está orçado em R$ 1,3 bilhão e é tocado pela ATE XVI Transmissora de Energia, empresa controlada pela espanhola Abengoa. Em dezembro de 2012, a empresa venceu o leilão para erguer a rede de 1.854 km de extensão e, em fevereiro de 2013, assinou um contrato com o compromisso de entregar a linha três anos depois, em fevereiro de 2016. A exatamente um ano do fim deste prazo, porém, a companhia nem sequer conseguiu a licença ambiental que autoriza o início das obras.
A conclusão do projeto da Abengoa é crucial para iniciar a transmissão de energia da hidrelétrica. A linha será usada para fazer o escoamento para estados da região Nordeste. Outra rede de transmissão - sem nenhuma relação com o projeto da Abengoa - está em fase de construção e deve ser concluída só em 2018.
O Liberal
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