Grevistas fecham portões de acesso de campus da UFPA, em Belém

Professores e servidores técnico-administrativos, em greve desde o último dia 28 de maio, fecharam os portões de acesso ao campus Guamá da Universidade Federal do Pará (UFPA), em Belém, no início da manhã desta segunda-feira (15). Apenas os trabalhadores da saúde e pacientes do hospital universitário Bettina Ferro de Souza com consultas agendadas estão tendo a passagemliberada.

O ato faz parte da mobilização coordenada pela Associação dos Docentes da UFPA (Adufpa) e Sindicato dos Trabalhadores das Instituições Federais de Ensino Superior no Estado do Pará (Sindtifes) e visa pressionar o Governo Federal para atender as reivindicações da categoria, assim como buscar a adesão dos demais trabalhadores à greve.

“Com a conjuntura que se apresenta, o sindicato decidiu que é necessário radicalizar. O movimento não está satisfeito com os cortes na educação, com os rumos que estão sendo dados pelo Governo Federal no setor. A insatisfação é geral, de todas as 61 instituições de ensino superior que entraram em greve. Estamos lutando também contra o assédio moral praticado pelos trabalhadores que ocupam cargos de chefia e coordenação e estão sendo impedidos de aderir”, declarou Zila Camarão, coordenadora do Sindtifes.

De acordo com o movimento grevista, a próxima mobilização deverá ser realizada na quarta-feira (17), no hospital universário João de Barros Barreto.

“Os trabalhadores da educação não podem aceitar a ampliação do financiamento da educação privada, através do ProUni e do Fies, enquanto que as instituições públicas sofrem com os cortes severos no orçamento e suspensão de programas importantes, como Parfor, que capacita os profissionais. Precisamos resistir na luta pela democratização da educação, que deve ser pública e de qualidade”, afirmou o professor universitário Adolfo Oliveira, que integra o comando de greve.

Reivindicações
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores das Instituições Federais de Ensino Superior no Estado do Pará (Sindtifes), as reivindicações nacionais da categoria são o reajuste linear de 27,3% (perdas salariais de 2012 a 2015), 30h sem redução de salários para todos os servidores federais, isonomia salarial e de todos os benefícios entre os poderes, aprimoramento da Carreira com correção das distorções e fim do Funpresp e da Ebserh, entre outras.

G1 Pará