Foto: Reprodução/TV Liberal |
A Polícia Federal
(PF) deflagrou operação para desarticular esquema de corrupção nas cobranças de
royalties da exploração mineral, na manhã desta sexta-feira (16), em 11 estados
e no Distrito Federal. No Pará, foram cumpridos 21 mandados de busca e apreensão,
oito prisões temporárias e 11 conduções coercitivas. As informações são do G1
Pará.
A reportagem da TV
Globo apurou que o filho do governador do Pará, Simão Jatene, é alvo da
operação. O G1 entrou em contato com a Secretaria de Comunicação do Governo e
aguarda posicionamento sobre o caso.
A suposta
organização criminosa, de acordo com a PF, agia junto a prefeituras para obter
parte dos 65% da chamada Compensação Financeira pela Exploração de Recursos
Minerais (CFEM) repassada aos municípios. Em 2015, o CFEM acumulou quase R$ 1,6
bilhão.
A operação foi
batizada de Timóteo em referência a um dos livros da Bíblia. As ações da
Polícia Federal ocorreram também em Goiás, Bahia, Mato Grosso, Minas Gerais,
Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins.
Entenda
o esquema
As investigações da Operação Timóteo apontam que a suposta organização
criminosa era dividida em, pelo menos, quatro grandes núcleos:
– o núcleo
captador, formado por um diretor do DNPM e pela mulher dele, que, segundo a PF,
prospectavam prefeitos interessados em ingressar no esquema;
– o núcleo
operacional, composto por escritórios de advocacia e uma empresa de consultoria
registrada no nome da esposa do diretor do DNPM que comandava o esquema de
corrupção. Esse núcleo, afirma a PF, repassava valores indevidos a agentes
públicos;
– o núcleo
político, formado por políticos e servidores públicos responsáveis pela
contratação dos escritórios de advocacia integrantes do esquema;
– o núcleo
colaborador, que, conforme os policiais, era responsável por auxiliar na
ocultação e dissimulação do dinheiro desviado. Entre os integrantes desse
núcleo está uma liderança religiosa que recebeu dinheiro do principal
escritório de advocacia responsável pelo esquema. A PF apura se esse religioso
emprestou contas bancárias da instituição que ele comanda para ocultar a origem
ilícita do dinheiro.
Fonte: O Xingu
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