As
polícias Civil e Militar saíram cedo de Vitória do Xingu no
sudoeste do Pará, com direção a região do Jacuípe a 20 km da
sede do município durante a manhã de quarta-feira dia 24, em busca
pelo bebê Enzo, filho de Gabrielly Freitas. Essas novas buscas
tinham como base o depoimento de Elielson Vieira de 40 anos, acusado
pelo crime de homicídio contra Gabrielly e até então, sequestro do
bebê Enzo, na época com 19 dias de nascido, o desaparecimento de
mãe e filho foi entre os dias 10 e 12 de janeiro/2018. Para a
Polícia Civil ele confessou o crime e deu detalhes de onde estaria o
bebê.
Buscas
foram feitas em uma determinada área, mas a informação não bateu,
em uma nova ligação telefônica feita pelo delegado Lindoval
Borges, para o acusado, foi dada outra localização e então a
criança foi encontrada morta, dentro de duas sacolas plásticas ao
lado de uma mochila que estava com pertences da Gabrielly e do bebê.
Para a polícia, Tadeu como também é conhecido, deu detalhes de
como tudo aconteceu.
“Em
depoimento ele disse que pegou a Gabrielly com intensão de fugir com
ela e a criança, mas ainda na casa dele do outro lado do rio, a
criança começou a chorar muito e ele ficou com medo da família
ouvir, eles iniciaram uma discussão e no meio desse bate-boca e
empurrões, a criança caiu do colo da mãe de cima da casa
[palafita] e morreu, o casal ainda tentou reanimar o bebê mas não
conseguiu, a Gabrielly entrou em desespero e começou a gritar e
pedir por socorro, para tentar silenciar ela, ele começou a agredir
e tampar a boca da jovem, até que ela também morreu” explicou o
delegado Lindoval Borges
A
polícia militar também acompanhou as buscas, para o Sargento
Jadisley Stevam, comandante da PM em Vitória do Xingu, esse é um
caso solucionado, e se espera agora todo o rigor da lei para o
acusado do crime.
“Foram
15 dias de buscas, caçada ao acusado e incursões na região, até
que aqui estamos com um resultado que não é o que gostaríamos,
agora esperamos que a justiça seja feita e que esse cidadão fique
preso por um bom tempo” explicou Sgt Jadisley
Familiares
de Gabrielly que também estiveram no local acompanhando as buscas,
eles ficaram chocados com o crime e pedem justiça.
“Ele
deixou o bebê perto de casa, uns 700 metros, mas ele enrolou em duas
sacas plásticas pra gente não sentir o cheiro e achar, hoje
queremos justiça, é uma dor muito grande” Explicou Kinssegir
Freitas, irmão de Gabrielly
Uma
equipe do Centro Renato Chaves e do Instituto Médico Legal de
Altamira foram acionadas para remover o corpo do bebê para ser
periciado, o caso volta a chocar a pacata cidade de vitória do
Xingu.
Na
prainha dezenas de pessoas aguardavam novas informações e também
ficaram comovidas com o caso.
“Estamos
a 15 dias nessa luta, nessa angustia, que acaba agora, só não está
doendo mais por muita gente se juntou a nós, dividimos a dor, e
queremos justiça, que esse criminoso fique na cadeia e pague pelo
que fez” destacou Gisely Freitas, tia de Gabrielly
CRONOLOGIA
DO CRIME
Quarta-feira
(10/01) – 1:30h da madrugada, a família de Evanlize Gabrielly
Freitas, de 20 anos, sente a falta da jovem e do bebê, mãe e filho
saíram de casa sem deixar recado, nem uma carta dizendo para onde
iriam.
Quinta-feira
(11/01) - Já em desespero e parece que, até sabendo que o pior
estava acontecendo, a mãe de Evanlize, dona Gabriela, faz um apelo
na Tv, pedindo qualquer informação da filha. O pedido por
informações chegou em Altamira. Mas nenhuma notícia foi dada sobre
o paradeiro da jovem. Familiares realizavam buscas na região de
ilhas. Mas estava difícil encontrar vestígios da garota.
Sexta-feira
(12/01) - A polícia militar inicia junto com a polícia civil, a
intensificação dessas buscas resultou em alguns nomes que não
foram citados pela polícia. Elielson Vieira de 40 anos, o “Tadeu”.
já passou a ser acusado pelo desaparecimento, para a família ele
disse que não tinha feito nada.
Sábado
(13/01) - O pior acontece, familiares encontram o corpo de Gabrielly
no quintal da casa de Tadeu, ele desaparece do celular e não foi
mais visto por familiares. A família entra em desespero e a cidade
fica chocada ao saber que tamanha crueldade aconteceu no município.
A dor tomou conta de todos.
Domingo
(14/01) - O delegado que preside o caso, Lindoval Borges, pede a
prisão preventiva de Elielson Vieira, a justiça altamirense
concedeu em caráter de urgência essa prisão. Em entrevista na
imprensa, Sônia Pinheiro, esposa de Tadeu confessa que o marido era
agressivo, frio e calculista, e se defende, dizendo que não tem nada
a ver com a situação.
Segunda-feira (15/01) - Abalada com o crime, a família reuni centenas de pessoas em uma caminhada pedindo paz e justiça, na delegacia desabafos de amigos e movimento de mulheres da Trasamazônica e Xingu.
Segunda-feira (15/01) - Abalada com o crime, a família reuni centenas de pessoas em uma caminhada pedindo paz e justiça, na delegacia desabafos de amigos e movimento de mulheres da Trasamazônica e Xingu.
Terça-feira
(16/01) A polícia militar recebe informações de que Tadeu aparece
em propriedades rurais. Buscas são realizadas na região do Água
Boa, a polícia faz uma varredura após ter informações do
paradeiro de Tadeu, ele fugiu novamente para o rio.
Quarta-feira
(17/01) - A polícia chega até essa ilha no Jacuípe, moradores
viram o acusado em uma propriedade, moradores negaram comida ou café
e o acusado fugiu. Na região ao norte da ilha pegadas foram
encontradas.
Quinta-feira
(18/01) A polícia continua buscas e encontra embarcação usada pelo
acusado, a canoa típica na região foi levada para o verdadeiro dono
que relatou que teve a embarcação roubada.
Sexta-feira
(19/01) - As buscas na região do Jacuípe são encerradas, o acusado
já não estava mais no local.
Domingo (21/01) 7:30h da manhã, um morador denuncia à polícia que o acusado estava em sua casa, na área do quintal. O investigador Leonel Bahia fez a abordagem, o acusado tentou fugir, depois partiu pra cima do investigador. Tiros foram disparados e Tadeu não conseguiu mais fugir, as duas pernas foram quebradas com os disparos e o acusado foi encaminhado pra altamira por questão de segurança.
Domingo (21/01) 7:30h da manhã, um morador denuncia à polícia que o acusado estava em sua casa, na área do quintal. O investigador Leonel Bahia fez a abordagem, o acusado tentou fugir, depois partiu pra cima do investigador. Tiros foram disparados e Tadeu não conseguiu mais fugir, as duas pernas foram quebradas com os disparos e o acusado foi encaminhado pra altamira por questão de segurança.
Quarta-feira
(24/01) A polícia ouve Tadeu no Hospital Regional de Altamira, ele
dá detalhes de como agiu e onde estaria o corpo do bebê Enzo, uma
equipe de policiais civis, militares e familiares de Gabrielly partem
para a ilha indicada pelo acusado, o bebê foi encontrado enrolado em
duas sacolas plásticas ao lado da mochila com os pertences de
Gabrielly. O corpo foi levado para perícia, os laudos de Gabrielly e
do Bebê devem encerrar o caso, Tadeu deve ser levado a julgamento.
Imagens:
Marcos Alves, Daniel Filho, Vitor Daniel, Felype Adms, Wesley Santos
e Gerlington Wilian (Com informações da Polícia Civil e Militar).
Apoio:
Patrícia Pires e Sirley de Jesus
Por: Felype Adms
Fonte: Xingu230
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