(Foto: Divulgação/Polícia Civil) |
A
Polícia Civil apresentou, nesta segunda-feira (22), em entrevista
coletiva na Delegacia-Geral, em Belém, o fuzil calibre ponto50
apreendido, na última sexta-feira (19), durante operação policial
realizada em Marabá, no sudeste paraense, para prender integrantes
de um grupo de assaltantes de banco.
Além
da arma, mais de 40 explosivos e munições de calibres ponto50 e
7,62 foram apreendidas. Dois foram presos e outros quatro homens
fugiram. Um morreu em confronto com os policiais.
O
grupo é apontado como responsável pelo ataque a dois carros-fortes
que transportavam valores de agências bancárias, ocorrido no final
de novembro do ano passado, no distrito de vila Sororó, entre Marabá
e Eldorado dos Carajás. A Polícia Civil revelou que o grupo
criminoso planejava praticar um novo assalto na região de
Paragominas. O grupo também é apontado como responsável por ações
criminosas no Maranhão.
O
delegado-geral da Polícia Civil, delegado Rilmar Firmino, explica
que o fuzil é um armamento de guerra, que pode ser usado em
artilharia antiaérea e é capaz de derrubar um helicóptero e
perfurar veículos com blindagem. Para se ter uma ideia, explica
Firmino, a carabina 556, uma das armas usadas pelas Polícias,
deslancha energia mecânica de 2 mil Joules. No fuzil ponto50, essa
energia chega a 15 mil Joules.
Conforme
o delegado-geral, uma arma como o fuzil apreendido percorre vários
Estados brasileiros, nas mãos de criminosos, pois há poucas armas
como essa no país. Segundo ele, os mesmos grupos criminosos que agem
em outros Estados, atuam também no Pará. "O intercâmbio entre
os grupos de criminosos no Brasil é grande. A maioria dos
assaltantes que vem ao Estado é de fora", detalha.
Durante
a coletiva de imprensa, o delegado-geral explicou como foi a ação
dos criminosos que usaram o fuzil para parar dois carros-fortes da
empresa Prosegur que seguiam pela estrada. "No ataque, eles
atiraram com o fuzil e depois usaram os explosivos para abrir o
carro-forte", detalha o delegado, ao ressaltar que os tiros
perfuraram a blindagem dos veículos.
Coordenadores
da operação em Marabá, os delegados Evandro Araújo, diretor da
Divisão de Repressão ao Crime Organizado (DRCO), e Ricardo do
Rosário, titular da Divisão de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR),
explicaram que a operação foi deflagrada após confirmação de que
os criminosos responsáveis pelo ataque estavam em Marabá.
Com
apoio da Superintendência Regional de Marabá e da Seccional de
Polícia de Marabá e ainda de policiais militares do Grupo Tático
Operacional (GTO) da PM de Marabá, as equipes da DRCO e DRFR foram
até a cidade. Inicialmente, foi preso Alexandro da Costa Souza,
paraense de Marabá, que foi encontrado em uma caminhonete usada para
transportar as munições e os explosivos usados no crime. Era
Alexandro o responsável em guardar o material.
Com
a prisão dele, os policiais localizaram o endereço onde o restante
do grupo estava escondido. A casa ficava no bairro Belo Horizonte.
Segundo o delegado Ricardo do Rosário, os outros componentes do
bando desconfiaram da demora de Alexandro em retornar para o local e
se posicionaram armados no muro da residência.
No
momento da chegada das viaturas ao local, os criminosos começaram a
atirar contra os policiais. Na troca de tiros, o pernambucano Saulo
Frederico Alves Freire, de apelido "Pernambuco", foi morto.
Ele chegou a usar o fuzil contra os policiais.
Durante
a perseguição, os policiais prenderam o amapaense Josiel Oliveira
Costa, natural de Macapá. Outros quatro integrantes do bando
invadiram uma casa vizinha e fizeram duas pessoas reféns para tentar
fugir. Os criminosos levaram as vítimas no carro da família.
Durante a fuga, eles liberaram os reféns e seguiram no carro até as
margens do rio Itacaiúnas, onde abandonaram o carro e se embrenharam
nas matas.
Conforme
os delegados, Alexandro Souza já tem passagem pela Polícia pelos
crimes de roubo e porte ilegal de arma. Já Josiel responde a
processos por roubo, homicídio e tráfico de drogas. Ele foi um dos
presidiários que fugiram, em dezembro do ano passado, durante
resgate de presos, no Complexo Penitenciário de Santa Izabel do
Pará. As investigações prosseguem para se chegar aos outros
integrantes do bando.
Fonte:
Agência Pará
Nenhum comentário:
Postar um comentário