A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul
prendeu um padrasto suspeito de estuprar duas enteadas adolescentes em Bonito,
a 265 quilômetros de Campo Grande. Segundo o inquérito policial, os abusos
ocorreram em diversas oportunidades, incluindo uma vez em que uma das vítimas
estava desacordada após o consumo excessivo de bebida alcoólica, fornecida pelo
agressor.
O padrasto era casado com a mãe das
vítimas há 13 anos. Em janeiro deste ano, ele foi à praça da Liberdade na
companhia de uma das adolescentes e de suas amigas. Em um bar, o acusado
comprou bebidas alcoólicas e permitiu que as meninas bebessem, mesmo que todas
fossem menores de 18 anos.
Sob efeito de álcool, a vítima passou
mal e foi levada pelo padrasto até um prédio em construção na rua das Flores,
onde foi estuprada. Nos dias seguintes, o padrasto seguiu assediando a vítima
de forma constante, oferecendo presentes em troca de nova relação, que eram
negados pela adolescente. Entretanto, o acusado acabou trancando a vítima no
quarto em uma oportunidade, voltando a estuprá-la.
Desde então, a vítima nunca mais ficou
sozinha com o padrasto e passou a namorar com um jovem que a engravidou.
Acreditando que o filho pudesse ser seu, o padrasto sugeriu que a adolescente
fizesse um aborto. A menina, entretanto, se negou a fazer o procedimento.
A adolescente decidiu, então, denunciar
o caso à diretora de sua escola, que noticiou os fatos ao Conselho Tutelar e
encaminhou a vítima à delegacia do município para fazer o registro da
ocorrência. Ao saber da denúncia, a irmã da primeira vítima, de 14 anos, também
disse ter sido estuprada pelo padrasto. De acordo com a segunda vítima, o abuso
a fez procurar ajuda psicológica para superar o trauma, deixando de morar com a
mãe por receio de que o padrasto a estuprasse novamente. Exame de corpo de
delito confirmou que ela já havia tido relações sexuais.
Diante dos fatos, o delegado
responsável pediu a prisão preventiva do acusado, que foi decretada pela
Justiça. O padrasto foi indiciado por estupro de vulnerável, cuja pena pode
chegar a 15 anos de reclusão.
Fonte: Terra
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