Armas apreendidas |
As
Polícias Civil e Militar transferiram, nesta segunda-feira, 7, para Belém três
homens presos, na noite de ontem, na zona rural de Tailândia, sudeste paraense,
acusados de envolvimento no assalto ao Banco do Brasil, em Mocajuba, no último
dia 1º. Com eles, foram trazidos para a capital paraense 12 armas de fogo, dez
delas de grosso calibre; dezenas de munições; cerca de R$ 40 mil em dinheiro
roubado do banco; coletes balísticos; luvas e fardamento usados no crime.
As informações sobre a operação policial que resultou nas prisões
foram prestadas durante entrevista coletiva, na Delegacia-Geral. Durante a ação
policial, houve reação de dois suspeitos que atiraram nos policiais na chegada
a uma fazenda. Na troca de tiros, os suspeitos morreram. Os presos e
apreensões foram transferidos para Belém em um avião do Grupamento Aéreo de
Segurança Pública, pela manhã, com chegada no Hangar do Governo do Estado, no
Aeroporto de Val-de-Cães. Os presos foram identificados como Julio dos Anjos
Santos, João Vieira Sobrinho e Alan da Silva Pinheiro.
Os
mortos são Gendron Carlos Pinto Ferreira Junior e Henoc Alves Fernandes,
identificado como líder do grupo. Durante a tarde, foi preso em Tailândia
Enoque da Silva Santos, dono do terreno que era usado pelos assaltantes como
esconderijo. Das armas apreendidas, dez são armas como fuzis, submetralhadoras
e escopetas, e duas pistolas. Ao todo, dez homens participaram diretamente
do assalto fora o pessoal de apoio. As investigações continuam. O delegado
Silvio Maués, diretor de Polícia Especializada da Polícia Civil, explica que as
prisões e apreensões resultaram da rápida reação do Sistema de Segurança
Pública do Pará à ação criminosa.
Armas apreendidas |
"Temos um planejamento construído para tentar evitar ocorrências
de roubos a bancos, mas quando não é possível evitar, contamos com pessoal e
recursos de deslocamento via aéreo para darmos uma pronta resposta. Isso nos
tem possibilitado êxito nas ações policiais com respostas em curto prazo",
detalha o policial civil. Ele salienta que, assim que chegou ao
conhecimento a ocorrência do assalto ao banco, foram deslocados policiais civis
e militares de Belém, para reforçar os efetivos de policiais da região, nas
buscas aos assaltantes.
De início, após a fuga dos criminosos da sede do município em
direção à área rural, os policiais passaram a diligenciar pelas estradas
vicinais em busca de informações sobre o paradeiro dos assaltantes. Foi assim
que parte do grupo foi localizado. Conforme o coronel Sergio Alonso, diretor
do Departamento Geral Operacional da PM do Pará, foram acionados policiais
militares do Comando de Operações Especiais (COE) que embarcaram na aeronave do
Grupamento Aéreo de Segurança Pública do Estado (Graesp) com destino ao local
da ocorrência.
O tenente-coronel Rosinaldo Conceição, titular do Comando de
Policiamento Regional do Baixo-Tocantins, que responde pelo policiamento na
região de Mocajuba, explica que, de imediato, os policiais militares do
município agiram no plano de contingência, evitando confrontos com os
assaltantes para preservar a vida dos reféns. Depois que os
reféns foram liberados, os policiais militares passaram a monitorar o
deslocamento do grupo criminoso em conjunto com a Polícia Civil local. No
deslocamento dos policiais para Mocajuba, explica Conceição, foram traçadas
estratégias de ação.
De
início, os policiais passaram a seguir os vestígios deixados pelos assaltantes
na fuga. A todo momento, explica o tenente coronel, foram trocadas informações
com a Polícia Civil para as investigações. Durante as incursões, detalha o
delegado André Costa, diretor da Divisão de Repressão ao Crime Organizado
(DRCO) da Polícia Civil, os policiais conseguiram descobrir o local que servia
de base para os assaltantes. Era uma fazenda na comunidade de Vila Macarrão, a
25 quilômetros da sede do município. Suspeitos de envolvimento no assalto
foram vistos, na noite de ontem, no momento em que saíam do local para pegar um
carro que seria usado para conduzir outros assaltantes que estavam escondidos
na região.
Foi então que a equipe policial comandada pelo delegado Tiago
Belieny, da DRCO, e capitão Eder Santos, da COE, foram até a fazenda para fazer
a abordagem na casa dentro do terreno. No momento da entrada no local, os
policiais foram recebidos a tiros. Após a troca de tiros, os dois suspeitos que
estavam no local morreram. Outros três comparsas foram presos no
local. Mais adiante, cerca de 200 metros dentro da fazenda, os policiais
encontraram mais armas escondidas debaixo de madeiras. Segundo o titular da
Delegacia de Repressão a Roubos a Bancos, da DRCO, delegado Evandro Araújo, de
janeiro até agora, quatro ocorrências de roubos a bancos, na modalidade
conhecida como "novo cangaço", aquela em que os bandidos chegam
atirando no banco e fazem reféns, foram registradas no Pará. Todos os casos
foram esclarecidos, com prisões de dois grupos de assaltantes e apreensões de
diversas armas. "Cada arma que é retirada das mãos de criminosos é menos
um crime registrado nas ruas", destaca.
Fonte:
PC/PA
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