Foto: Greenpeace |
Lideranças
indígenas fizeram protesto nessa terça-feira (29), no Ministério da Justiça, em
Brasília. O grupo pede a demarcação da Terra Indígena Sawré Muybu, no rio
Tapajós, no Pará.
Pela manhã, cerca de 80
indígenas, representantes do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) e
ambientalistas do Greenpeace fizeram um ato.
No gramado do ministério, o
grupo formou a frase “Demarcação Já”, com letras vermelhas. Cento e oitenta
flechas foram fincadas no local, para representar o prazo que a pasta teve para
publicar a portaria referente a área.
A tarde, os indígenas
ocuparam a sala de reuniões do ministério. Eles exigiam falar com o ministro
Alexandre Morais, mas foram recebidos pelo presidente da Fundação Nacional do
Índio (FUNAI), Agostinho do Nascimento Netto.
Em abril deste ano a FUNAI
publicou os estudos de identificação e delimitação da terra indígena. Após
abertura de prazo para contestação do estudo a etapa seguinte seria a
declaração dos limites dessas terras, pelo Ministro da Justiça.
Se todos os prazos fossem
cumpridos a publicação da Portaria Declaratória da terra reivindicada como
tradicional pelos Munduruku deveria ter saído na segunda-feira (28).
De acordo com o Cimi, durante
o encontro o diretor de Proteção Territorial da FUNAI, Walter Coutinho, afirmou
que o órgão não fez a análise das contestações dos estudos. A fase é anterior a
Portaria Declaratória.
A terra indígena fica na
região do Médio Tapajós, localizada nos municípios paraenses de Itaituba e
Trairão.
De acordo com a liderança
indígena Ademir Munduruku, grandes empreendimentos como a construção de
hidrelétricas no Rio Tapajós, podem atrapalhar o processo de demarcação da
Terra Indígena Sawré Muybu.
Ademir afirma que a área é
considerada sagrada pelos indígenas.
Os indígenas desocuparam o
Mistério da Justiça após o compromisso do presidente da FUNAI em tentar
conseguir encontro entre os indígenas e o ministro Alexandre de Morais.
Do Ministério da Justiça, o
grupo foi para o gramado do Congresso Nacional, onde se juntou aos
manifestantes contrários a Proposta de Emenda à Constituição do Teto dos Gastos
públicos.
Fonte:
Agência Brasil
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