A Justiça Estadual
condenou o delegado Melquesedeque da Silva Ribeiro a cumprir 18 anos de
reclusão em regime inicialmente fechado pelos crimes de sequestro e cárcere
privado, extorsão, corrupção passiva e abuso de autoridade. O juiz Cristiano
Magalhães Gomes decretou a sentença nesta última quarta-feira (11), após
denúncia do Ministério Público do Estado, por meio da promotora de Justiça de
Mãe do Rio, Andressa Ávila Pinheiro.
O CASO
No dia 28 de março,
Leonay de Souza Lima foi abordado por uma guarnição da Polícia Militar e
acusado de ter cometido o roubo de um aparelho celular. No alojamento da
PM, o acusado foi informado de que sua liberdade poderia ser
"negociada" com a devolução do celular roubado. Mantido em cárcere
até 16h30, Leonay foi liberado em troca do pagamento de R$3 mil ao delegado de
Polícia Civil de Aurora do Pará, Melquesedeque Ribeiro, e da entrega de um
celular ao PM Ednei Leal da Silvado, que seria devolvido à suposta vítima,
Janaína Barbosa.
Em relato, a mãe de
Leonay revelou que o celular entregue ao sargento foi comprado por Leonay, de
forma parcela em um estabelecimento comercial da cidade. A compra foi
acompanhado pelo próprio PM.
Segundo a promotora
Andressa Ávila, a ação teve intuito de beneficiar Janaína Barbosa de Sousa, suposta
vítima de roubo de celular. Desta maneira, a Polícia Militar e a Polícia Civil
atribuíram o crime à Leonay Sousa, que já tinha antecedentes criminais e possui
monitoramento por meio de tornozeleira eletrônica. O acusado foi inocentado
após divulgação do relatório da Susipe, em que foi constatada a localização de
Leonay no momento do crime.
A assessoria de
comunicação da Polícia Militar informou que o militar irá responder processo na
justiça comum e Conselho de Disciplina, aberto pela Corregedoria da PM, podendo
ser punido disciplinarmente ou até mesmo excluído das fileiras da Corporação.
Fonte: ORMNews
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