Foto: Agência Brasil |
Uma
plataforma gratuita pode ajudar municípios a localizar crianças que
estão fora da escola. Lançada hoje (1º), a chamada Busca Ativa
Escolar tem como objetivo apoiar os governos na identificação, no
registro, controle e acompanhamento de crianças e jovens de 4 a 17
anos de idade que estão fora da escola ou em risco de evasão.
Todo
o processo é feito pela internet e a ferramenta pode ser acessada em
qualquer dispositivo como computador de mesa, computador portátil,
tablet e celular (seja pelo envio de SMS ou uso de aplicativos em
smartphones). Há também formulários impressos para agentes que não
têm acesso a dispositivos móveis.
O
processo começa com um alerta sobre uma criança ou adolescente que
esteja fora da escola. Ao encontrá-la, o agente comunitário envia o
alerta, por meio de SMS, aplicativo e site. A partir daí, um grupo
intersetorial de profissionais inicia uma série de ações, que vão
desde uma conversa com a família, para entender as causas da
exclusão, até o encaminhamento do caso para as áreas responsáveis
por garantir a (re)matrícula dessa criança ou adolescente, bem como
pelo acompanhamento de sua vida educacional.
Tudo
é feito por meio da plataforma, que registra todas as ações e
consolida dados que podem ser utilizados no planejamento e
desenvolvimento de políticas públicas.
De
acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
(Pnad), 2,8 milhões de crianças e jovens em idade obrigatória, dos
4 aos 17 anos, estão fora da escola. Por lei, de acordo com o Plano
Nacional de Educação (PNE), o país tinha até o ano passado para
incluir todas essas crianças e adolescentes no sistema de ensino.
A
exclusão escolar afeta, em especial, as camadas mais pobres da
população, já privadas de outros direitos constitucionais. A maior
parte das crinças e adolescentes fora da escola está nas cidades
(2.141.148), muitos vivem em periferias. Na zona rural, 661.110 estão
fora das salas de aula, seja por falta de vagas em escolas próximas,
problemas no transporte escolar ou outros fatores que impedem o
acesso e a permanência escolar. Muitas dessas crianças e desses
adolescentes vivem na Região Amazônica e no Semiárido brasileiro,
espalhados por mais de 2 mil municípios.
A
Busca Ativa Escolar é uma iniciativa do Fundo das Nações Unidas
para a Infância (Unicef), Colegiado Nacional de Gestores Municipais
de Assistência Social (Congemas), Instituto TIM e da União Nacional
dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime).
Fonte: Agência
Brasil
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