O
coronel Pedro Paulo Barata, secretário de Apoio à Segurança de
Tucuruí (PA), disse há pouco, em entrevista à Radio Floresta, que
o prefeito interino Joaquim Campos Couto, o Bena Navegantes (PROS),
está recebendo ameaças de morte via mensagem de celular. Ele
confirmou ser dele um áudio que circula desde ontem (7) no WhatsApp,
com a mesma informação.
“Primeiro
houve uma ameaça implícita e, depois, outra completamente
explícita. Existe uma mensagem no celular do prefeito Bena
Navegantes, onde a pessoa diz que ele não perde por esperar o que
vai acontecer”, explicou o secretário.
O
Coronel Barata acrescentou que testemunhas afirmam que a mesma pessoa
que ameaçou o prefeito via celular “andou dizendo, pelos quatro
cantos, que iria mostrar quem era e que o prefeito não mandava em
nada na cidade”.
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Um
boletim de ocorrência ficou de ser registrado na Delegacia de
Tucuruí, durante o dia de hoje (8). E Bena Navegantes irá a Belém,
onde deve comunicar a ameaça ao secretário de Segurança do Pará,
Jeannot Jansen.
No
áudio de ontem, Coronel Barata fala de uma reunião na casa do
prefeito afastado Artur de Jesus Brito (PV). O objetivo, de acordo
com o secretário de Apoio à Segurança, seria uma articulação
para “bater” no prefeito em exercício.
No
mesmo áudio, Barata fala de um “grupo menor”, que estaria por
trás das ameaças de morte a Navegantes. E afirma que ninguém vai
se intimidar com as ameaças. “Nós estamos em 2018. Quem quer
matar, pode morrer. E, antes de morrer, pode ser preso, também”,
desabafou.
Pedro
Paulo Barata lembrou que Bena Navegantes não pediu para ser
prefeito. Navegantes foi conduzido ao cargo por decisão do Poder
Judiciário, quando do afastamento de Artur Brito.
Na
entrevista de hoje, Barata diz que pessoas estão criando “fakes”
para atacar o prefeito. Segundo ele, os ataques não acontecem
somente nas redes sociais, mas até em sites e blogs criados para
isso. “Cria-se uma página, começa a atacar as autoridades, para
depois se dar bem extorquindo os gestores”, acusou.
Ameaças
são somente a ponta do iceberg
Tucuruí vive uma situação dramática, desde o assassinato do prefeito eleito em 2016, Jones William da Silva Galvão (PMDB). Ele foi morto por pistoleiros na tarde de 25 de julho de 2017, quando vistoriava obras na periferia da cidade.
Tucuruí vive uma situação dramática, desde o assassinato do prefeito eleito em 2016, Jones William da Silva Galvão (PMDB). Ele foi morto por pistoleiros na tarde de 25 de julho de 2017, quando vistoriava obras na periferia da cidade.
Com
a morte do titular, o então vice-prefeito Artur Brito foi alçado à
titularidade do cargo. Mas a gestão de Brito não durou muito e foi
interrompida por ordem do Judiciário, que o afastou da prefeitura
por suspeita de crime de improbidade administrativa.
Poucas
semanas antes do afastamento, a mãe do prefeito, Josenilde Silva
Brito, a Josy, havia sido presa pela Polícia Civil. A acusação:
ter sido a mandante do assassinato do titular da prefeitura, Jones
William.
Posteriormente
ao afastamento de Artur Brito, pelo Judiciário, a Câmara Municipal
também decidiu pelo seu afastamento, em denúncia apresentada pelo
vereador Weber Galvão, irmão de Jones William.
Nestes
seis meses, desde a morte de William, várias pessoas foram presas,
mortas ou desapareceram, supostamente por ligação com o crime.
FONTE:
Blog do João Carlos
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