BRASIL NOVO NOTÍCIA: OPERAÇÃO VULCÃO DESTRÓI MAIS DE QUATRO MIL ARMAMENTOS EM MARABÁ

sexta-feira, 9 de novembro de 2018

OPERAÇÃO VULCÃO DESTRÓI MAIS DE QUATRO MIL ARMAMENTOS EM MARABÁ

Juiz defende necessidade da ação em apoio à segurança pública.
 Foto: Ascom Exército
Iniciada no último dia 06, encerrou ontem a última fase da Operação Vulcão, que foi concluída com a destruição de 4.419 armas de fogo e 2.716 armas brancas e acessórios. A operação foi coordenada pelo Exército Brasileiro, por meio do Comando Militar do Norte, a 8ª Região Militar e a 23ª Brigada de Infantaria de Selva, em conjunto com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e os Tribunais de Justiça dos Estados do Pará (TJPA) e Amapá (TJAP). Ontem, o armamento apreendido foi completamente destruído nas instalações da Siderúrgica Norte Brasil (Sinobras), em Marabá, após sair de Belém com escolta da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Polícia Militar do Estado do Pará (PMPA).
Os armamentos são provenientes de apreensões realizadas pela Polícia Civil - com processos judiciais finalizados pelos Tribunais - de descarregamentos e inutilização das Forças Armadas e de entregas voluntariamente à Polícia Federal pela sociedade, de acordo com as determinações do Estatuto do Desarmamento. As armas, que são previamente inutilizados, têm como origem diferentes municípios, vindo principalmente de Belém e Marabá. O material saiu no dia 06 de novembro da capital paraense escoltado pelo Exército, PRF e PMPA para ser destruído em Marabá, na Sinobras, dois dias depois do início da atividade. A Operação Vulcão envolveu mais de 100 militares e agentes públicos, além de 20 viaturas.
Em nota, a Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) informou que, de 1º de janeiro a setembro deste ano 119 armas foram apreendidas no Pará. Durante os sete primeiros meses do ano passado o número de armas apreendidas foi de 156. Os armamentos compreendem arma de fogo, arma branca e simulacro. Este ano, o município que mais registrou apreensão de armamentos foi Belém e, em 2017, foram Belém e Goianésia do Pará. Por questões de segurança e estratégia, os números exatos não foram revelados.
Segundo o juiz Lucas do Carmo, que está no exercício da Justiça Militar no TJPA, a ação tem por finalidade evitar que armamentos ilegais recolhidos pela Justiça voltem para a criminalidade, além de destruir armas legais inoperantes. O magistrado, que participou da operação, ressalta que a ação tem impacto direto na sociedade, pois ajuda a reduzir a violência com armas de fogo. "Primeiro, tratam-se de armas ilegais, ou seja, armas que estavam em posse de pessoas que não tinham autorização e que, em sua grande maioria, eram usadas para a prática de crimes, manejadas como ferramentas para realização de roubos, homicídios e no tráfico de drogas. Além disso, elas precisam ser destruídas para evitar que sejam alvo de outros criminosos. Pessoas invadem delegacias, fóruns, e outros locais de armazenamento para roubarem armas e drogas. Enquanto esse tipo de material existir, ele é um objeto de desejo do crime e, por isso, devemos tirar de circulação", comentou o magistrado. 
Ainda de acordo com o juiz, em seus dezesseis anos de magistrado, ele aprendeu que esse tipo de ação ajuda a aumentar a sensação de segurança da população. "A arma em si não é um instrumento de pacificação de uma sociedade. As pessoas que podem e tem condições de usar uma arma devem ser autorizadas pelos órgãos competentes, para que haja um controle. A arma ilegal não é o caminho certo para o cidadão se defender. Por tudo que tenho vivido em minha carreira, acredito que há uma ligação entre a violência urbana e o armamento irregular. Eu, por exemplo, nunca vi uma arma totalmente legalizada ser usada em um crime, isso é muito difícil. Nós, como Estado, devemos combater o porte e a posse ilegal de arma de fogo, pois esse tipo de descontrole de armamento e munição só gera mais violência", conclui o juiz.
Fonte: Portal ORM

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