Brasil Novo Notícias: REDUÇÃO NA GASOLINA NÃO CHEGA PARA O CONSUMIDOR

sábado, 10 de novembro de 2018

REDUÇÃO NA GASOLINA NÃO CHEGA PARA O CONSUMIDOR

Preço da gasolina caiu nas refinarias, mas nos postos continua o mesmo
FOTO: Tarso Sarraf/O Liberal
O preço da gasolina teve queda ontem pela quinta vez consecutiva na semana, trazendo o valor para o menor patamar desde o começo de abril. De acordo com a Petrobras, a queda será de 1,32%¨nas refinarias, o que representa uma mudança de R$ 1,6958 por litro, cobrado até ontem, para R$ 1,6734 a partir de hoje; ou seja, uma redução de dois centavos. Na quinta-feira, a empresa diminuiu o preço do produto em 0,72%. Desde o início da semana, quando o litro do combustível era comercializado a R$ 1,8466, a gasolina já acumula queda de preço de 9,38%, o que significa o total de 17 centavos. 
Apesar dos anúncios de baixa, os preços da gasolina nos postos não refletem a diferença. Segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), na semana passada a queda foi de apenas 0,3% ante a semana anterior, fechando em R$ 4,709 por litro. O advogado do Sindcombustíveis do Pará, Napoleão Nicolau da Costa, afirma que os preços não apresentaram mudanças representativas em razão da conduta das distribuidoras. “Temos observado que as distribuidoras rapidamente repassam as altas de preço, porém demoram a baixar os valores quando o preço de refinaria é reduzido”, reclamou.
Napoleão da Costa destacou, no entanto, que a competição entre as empresas do Pará ainda pode provocar um barateamento real da gasolina. “Hoje o Estado conta com quase 2.000 estabelecimentos, sendo indiscutível que o consumidor será beneficiado pela competitividade e o interesse de cada estabelecimento em obter mais consumidores. No entanto, é importante ressaltar que os postos apenas podem repassar reduções que efetivamente lhe forem reduzidas em seus preços de compra junto as distribuidoras, o que não tem ocorrido com a frequência e patamar anunciado na imprensa”, defendeu.
O farmacêutico Rubens Pereira, ao saber da notícia de que o preço da gasolina havia caído, tratou a informação com ironia. “Agora vou conseguir economizar muito mais”, brincou. Para Rubens, não apenas a mudança não foi sentida ainda nos gastos de sua família como também não foi refletida nos custos dos produtos que são importados. “Sabemos que o preço da gasolina influencia no preço de produtos da nossa alimentação. Se a gasolina caiu, os preços de frutas e outros produtos também deviam ter caído”, apontou.
A Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis) divulgou na última quarta-feira, 7, segundo a Agência Brasil de notícias, nota oficial na qual procura explicar por que a queda de preços da gasolina e do diesel nas refinarias demora a ser repassada ao consumidor final. De acordo com a Fecombustíveis, os valores praticados pela Petrobras são aproximadamente um terço do preço pago pelo consumidor nos postos, mas é preciso levar em conta os custos dos biocombustíveis, impostos, fretes e as margens de lucro.
Como os postos de combustíveis não podem comprar das refinarias, eles só conseguem diminuir os preços quando as companhias distribuidoras eventualmente os reduzam”, diz a Fecombustíveis. Na conclusão do texto, a federação lembrou que os preços dos combustíveis são livres em todos os segmentos e que não não interfere no mercado. Cabe a cada posto revendedor decidir se repassa a queda de preços nas refinarias ao consumidor final, “de acordo com suas estruturas de custo”, finalizou.
Fonte: Portal ORM

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