Cerca
de 83% de um total de 524 vagas abertas para o Estado foram
preenchidas.
No Marajó mais de 60% das oportunidades ainda estão em
aberto (Foto: Divulgação)
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As
inscrições para o Programa Mais Médicos nos municípios paraenses
já chegam a 83,79%, somando 431 para 524 vagas. Para locais como
Belém e Região Metropolitana, regiões do Carajás e Caetés, o
número de interessados atingiu a marca de 100%. Para localidades
mais fragilizadas, no entanto, como o Arquipélago do Marajó, que
inspirou, em 2013 a criação do Programa, as inscrições, em
determinados municípios, não chegam a 40%.
É
o caso, por exemplo, dos municípios da região do Marajó II, onde
estão concentrados os menores índices de desenvolvimento humano
(IDH) do Brasil, como Melgaço, Afuá, Curralinho, Anajás, Portel,
Chaves, Bagre, São Sebastião da Boa Vista e Gurupá. Até mesmo a
cidade polo da região, Breves, que concentrava 11 profissionais
cubanos, encontra dificuldades em preencher as vagas deixadas pelos
estrangeiros.
Em
todo o Marajó trabalhavam, desde 2013, nos 17 municípios, 83
médicos cubanos que atendiam aos mais de 500 mil habitantes. No
Marajó II, dos 39 profissionais necessários, apenas 15 se
inscreveram. No Marajó I, cuja sede é Soure, 25 médicos se
inscreveram para as 35 vagas, chegando a 66,3% do total.
BAIXA
PROCURA
A
região do Tapajós, que reúne os municípios de Novo Progresso,
Itaituba, Jacareacanga, Trairão, Rurópolis e Aveiro, também tem
tido dificuldade para completar a demanda de 23 médicos necessários
para atender a população. Até o fechamento desta edição, somente
13 haviam feito a inscrição, sendo que um deles, o médico de
Rurópolis, já havia se apresentado ao posto de saúde.
A
região do Araguaia estava com 97% das vagas preenchidas. A região
de Tucuruí com 95%, do Tocantins com 89%, o Baixo Amazonas com 71%,
o Xingu com 67% e os Distritos de Saúde Indígena com 15 médicos
inscritos, das 28 vagas oferecidas.
Os
dados foram apresentados ao DIÁRIO pela coordenadora do Programa
Mais Médicos no Pará, Sônia Bahia. Apesar de serem otimistas os
percentuais de inscrição até o momento - as inscrições seguem
até 7 de dezembro –, é real a possibilidade de desistência
daqueles que se inscreveram, mas que não queiram permanecer nas
localidades mais distantes dos grandes centros urbanos. “Muitos
fazem a inscrição para não perder a vaga e ficam aguardando a
possibilidade de serem deslocados para outros municípios, em caso de
desistências. Essa é uma de nossas preocupações”, admite a
coordenadora.
Sônia
também revelou que alguns dos inscritos ainda não conseguiram a
inscrição no Conselho Regional de Medicina, o que é exigido para
que possam assumir a vaga. “Precisamos desse apoio do CRM local, já
que temos muitos jovens médicos locais, formados em nossas
universidades públicas que desejam retribuir à população a
oportunidade que tiveram de poder estudar no Pará”.
A
Comissão Estadual do Programa Mais Médicos é composta por
representantes Ministério da Saúde, Secretaria de Estado de Saúde
(Sespa), Colegiado de Secretários Municipais de Saúde do Estado do
Pará (Cosems), instituições formadoras (Universidade Federal e
Universidade do Estado do Pará). A comissão cuida da formação,
acompanha e supervisiona os médicos no Programa.
Por:
Luiza
Mello do
Diário
do Pará
Fonte:
DOL
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