Brasil Novo Notícias: POLÍCIA DESMONTA ESQUEMA DE LAVAGEM DE DINHEIRO DO TRÁFICO DE DROGAS EM SANTARÉM

terça-feira, 13 de novembro de 2018

POLÍCIA DESMONTA ESQUEMA DE LAVAGEM DE DINHEIRO DO TRÁFICO DE DROGAS EM SANTARÉM

Operação prendeu empresário do ramo da panificação que já foi assessor de vereador do município.
Foto: Reprodução Whats app
A Polícia Civil do Pará e do Amazonas desencadearam na manhã desta segunda-feira (12) a operação "Washed Bread" (ou "Pão Lavado") que tem como objetivo o combate à lavagem de dinheiro. Como resultado, a ação constatou o desenvolvimento de atividades criminosas por parte de empresários, principalmente no ramo da panificação, que tinham envolvimento com o tráfico de drogas.
Pelo menos quatro empresas de Santarém são alvos das investigações que apuram um esquema que pode chegar a aproximadamente R$ 25 milhões em movimentações financeiras ilegais. Até a tarde de hoje, já foram cumpridos 31 mandados de prisão, sendo 25 no Pará e seis no estado do Amazonas. Em Santarém, no Baixo Amazonas paraense, oito pessoas foram presas preventivamente e quatro flagrantes ainda estão em andamento.
As atividades ilegais foram constatadas após a comprovação de movimentações financeiras e patrimoniais que não eram compatíveis com a atividade desempenhada pelas empresas, levando a Polícia a confirmar que era o dinheiro do tráfico de drogas que estava abastecendo as contas bancárias dos envolvidos. Durante a operação, que conta com o apoio da Superintendência de Polícia Civil do Baixo Amazonas, Delegacia do Interior, Núcleo de Inteligência Policial e Secretaria Executiva de Inteligência do Estado do Amazonas, um ex-servidor da Câmara Municipal de Santarém foi preso.
Fabrício Vieira trabalhava no gabinete do vereador Rogélio Cebulisk (PSB), o "Gaúcho", no período da investigação. O ex-servidor atuou como assessor do vereador até março de 2017. Buscas foram realizadas na manhã desta segunda na Câmara Municipal de Santarém para coletar documentos que comprovassem se Fabrício tinha frequência assídua ou se apenas recebia o salário.
"Um empresário foi servidor comissionado na Câmara Municipal até março de 2017, e verificou-se, através de documentações já obtidas com a Câmara e análises feitas, que ele efetivamente não trabalhou nesse período, configurando o crime de peculato", informou o delegado Rafael Augusto de Andrade, um dos responsáveis pela operação, durante coletiva realizada no auditório do Centro de Governo do Baixo Amazonas, no final da manhã de hoje.

A Polícia Civil classificou como "associação criminosa" o esquema descoberto a partir de sete meses de investigações. Empresários usavam empresas ligadas ao setor de panificação, por exemplo, para lavar dinheiro do tráfico de drogas, praticando valores abaixo de mercado, aumentando substancialmente seu patrimônio. "São investigados hoje crimes de peculato, tráfico e associação para o tráfico e lavagem de dinheiro, essencialmente dado o grande volume movimentado nessas contas correntes em exíguo espaço de tempo. Não há uma evolução patrimonial compatível com as atividades empresariais desenvolvidas”, reitera Rafael Andrade.
Fonte: Portal ORM

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