Uma operação policial realizada nesta sexta-feira,
15, encontrou 14 jovens que eram usadas como garotas de programa, em boates, na
sede de Altamira, sudoeste do Pará. As Polícias Civil e Militar, em conjunto
com o Corpo de Bombeiros Militar e Conselho Tutelar, revistaram cinco
estabelecimentos. Em quatro deles, não havia licença para funcionamento e, por
isso, as boates foram fechadas. As garotas de programa foram encontradas em
três locais diferentes. A operação foi desencadeada ao meio-dia, e se estendeu até
por volta de 15:30, quando as jovens foram levadas para a sede da
Superintendência em Altamira. A Polícia Civil, por meio da delegada Thalita
Feitoza, da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), abriu
inquérito para apurar suspeitas de tráfico interno de pessoas para exploração
sexual.
Ainda, pela manhã, uma comitiva do Governo do
Estado chegou a Altamira para acompanhar de perto as investigações sobre o
esquema de tráfico de pessoas desarticulado na região e prestar atendimento
social e psicológico às mulheres, à adolescente e à travesti resgatadas da
boate Xingu, em Vitória do Xingu, na noite de quarta-feira passada.
A comitiva foi formada pelas delegadas Christiane
Lobato, delegada-geral adjunta, e Simone Edoron, diretora de Atendimento a
Grupos Vulneráveis, da Polícia Civil; o titular da Secretaria de Estado de
Assistência Social (Seas), Heitor Pinheiro, e a coordenadora do Comitê e
Assessora das Políticas Temáticas dos Direitos da Criança e Adolescente da
SEJUDH (Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos), Leila Silva.
O grupo se encontrou, na chegada à cidade, com o
delegado Cristiano Nascimento, superintendente regional do Xingu, para tomar
conhecimento das últimas informações sobre o caso. Conforme o delegado, o advogado
do suspeito de ser o dono da boate Xingu, um homem de prenome Adão, ficou de
apresentar o cliente ainda nesta sexta-feira, à Polícia Civil em Altamira, para
prestar depoimento no inquérito policial, porém, até o início da noite, o
suspeito não foi apresentado.
Adão é acusado de manter em cárcere privado e
submeter a ameaças três mulheres, uma adolescente e uma travesti, que se
prostituíam no local, onde não tinham alimentação e eram forçadas a fazer
programas sexuais para pagar as despesas da boate. Todas as vítimas são
oriundas de Estados do Sul do Brasil.
Com informações da PM e PC.
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