Os gaúchos Carlos Fabrício Pinheiro, 33
anos, de Cruz Alta (RS), e Adriano Cansan, 20, de Nova Roma do Sul (RS), presos
na região de Vitória do Xingu, em Altamira, na última quarta-feira
(13), foram transferidos para a capital paraense na noite desta segunda-feira
(18) desembarcando às 19h:15min no no Aeroporto Internacional de
Val-de-Cans e logo em seguida encaminhados aos Sistema
Penitenciário.
Carlos Fabrício e Adriano responderão aos crimes por
tráfico de pessoas para exploração sexual, por submeter, induzir ou atrair
à prostituição ou outra forma de exploração sexual pessoa menor de 18 anos, por
induzir ou atrair alguém à prostituição ou outra forma de exploração sexual,
por manter por conta própria ou de terceiro, estabelecimento em que ocorra exploração
sexual, visando lucro, ou por mediação direta do proprietário ou gerente, e
por tirar proveito da prostituição alheia, participando diretamente dos
lucros ou fazendo-se sustentar, no todo ou em parte, por quem exerça a prática
ilegal previstos nos artigos 231-A, 218-B, 228, 229 e
230, do Código Penal Brasileiro.
A casa de prostituição gerenciada pela
dupla foi desarticulada pela Polícia Civil no último dia 13. O local funcionava
por meio de um esquema de tráfico interno de pessoas para exploração sexual, na
zona rural de Vitória do Xingu, oeste do Pará. No local, cinco pessoas eram
mantidas em cárcere privado – uma travesti, três mulheres adultas e uma
adolescente – todas da região Sul do Brasil. As vítimas foram devolvidas aos
familiares em seus Estados de origem. Já a casa de prostituição foi desativada.
Carlos e Adriano foram presos em flagrante e encaminhados para a sede da
Superintendência da Polícia Civil na Região do Xingu, em Altamira, para
lavratura dos procedimentos policiais. O crime foi denunciado por uma
adolescente de 16 anos, que fugiu ontem (13) do estabelecimento. A prática
criminosa foi confirmada, por volta de 22 horas, durante operação policial
deflagrada pela Polícia Civil sob a coordenação do superintendente regional,
delegado Cristiano Marcelo do Nascimento.
A denúncia foi apresentada à Polícia
Civil por meio de representantes do Conselho Tutelar de Altamira procurados
pela adolescente. A conselheira tutelar Lucenilda Lima foi procurada pela
jovem, uma gaúcha nascida em Maraú, no Estado do Rio Grande do Sul. A garota
denunciou que foi trazida do Estado de origem para o Pará, por um homem, há uma
semana, sob a promessa de trabalhar em uma boate, onde ganharia R$ 14 mil por
semana. Mas, ao chegar ao Pará, a situação eram bem diferente. Ela foi levada
para a zona rural do município de Vitória do Xingu, onde ficou levada ao
prostíbulo, situado no interior de um sítio, na localidade de Vila São
Francisco, localizada a uma distância de 20 quilômetros de dois canteiros de
obras - “Pimental” e “Canais e Diques” -, da Hidrelétrica de Belo Monte.
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