Dados recentes do IBGE, citados em plenário pelo
senador Paulo Paim do PT do Rio Grande do Sul, comprovam que apesar de alguns
avanços ainda permanece a situação de discriminação contra as mulheres em
diversos setores do mercado de trabalho, refletida principalmente em salários
mais baixos. Para acabar com esta situação Paim pediu ao presidente da Comissão
de Constituição e Justiça, senador Vital do Rego do PMDB da Paraíba, que dê
mais velocidade ao projeto do deputado Marçal Filho do PMDB do Mato Grosso do
Sul, que prevê multa para as empresas que adotarem este tipo de conduta. Pela
proposta, já aprovada pela Câmara dos Deputados, a empresa terá que indenizar
cada trabalhadora em 5 vezes a diferença salarial em relação ao que é pago aos
homens, durante todo o período em que for constatada a prática discriminatória.
Paim acredita que situações como esta são inaceitáveis num país que é a 6ª.
maior economia do mundo.
“O sistema de indicadores sociais
publicados pelo IBGE já indicava que mesmo com maior escolaridade, as mulheres
ainda têm rendimento médio inferior ao dos homens. Isto é uma vergonha. Não é
correto, é injusto. Eu diria até, é desonesto. Por exemplo em 2009 o total de
mulheres ocupadas recebia cerca de 70% do vencimento médio dos homens. Com a
mesma função, a mesma competência, o mesmo trabalho, a mesma produção. Na
verdade tal diferença é ainda maior entre os mais escolarizados, pois as
mulheres com 12 anos ou mais de estudo recebiam em média 58% do rendimento dos
homens” – disse o senador .
Se aprovado pelo Senado
sem alterações, o projeto seguirá para sanção da presidente Dilma Roussef.
Reportagem de Sérgio Vieira
Fonte: Rádio Senado
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