O presidente da Câmara, Rodrigo Maia afirmou, após uma reunião com Michel Temer, que 'o governo não deixará de colaborar com a votação da medida no Congresso'; Maia, porém, não deu previsão de quando a matéria será votada
BRASÍLIA - O
presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta
quarta-feira, 8, que o governo não desistiu de aprovar a reforma da
Previdência.
Maia se reuniu com Temer no Palácio do Planalto para traçar uma estratégia de aprovação da reforma no Congresso Foto: Wilson Junior/Estadão |
Maia esteve reunido na manhã de hoje no
Palácio do Planalto com o presidente Michel Temer e o Ministro da Fazenda,
Henrique Meirelles, para traçar uma nova estratégia para aprovar a
proposta no Congresso. Em entrevista ao chegar na Câmara logo após
reunião, o parlamentar fluminense afirmou que "de forma nenhuma" o
governo vai deixar de colaborar com a votação da proposta no Congresso. Maia
não deu, porém, uma previsão de quando a matéria será votada em plenário.
"Acho que a impressão que passou essa semana foi de que, de
alguma forma, o governo tinha desistido da reforma da Previdência. (...) Então
é importante que tivesse claro que, de forma nenhuma, o governo vai deixar de
colaborar com a votação, até porque a gente sabe que uma votação muito difícil
como da Previdência precisa que o governo esteja empenhado. E a gente sabe que
a equipe econômica do presidente Michel Temer está empenhada na aprovação da
reforma", disse Maia.
O presidente da Câmara afirmou, porém, que a data da votação da
reforma no plenário dependerá das negociações com os líderes de partidos da
base, que estão
resistentes em votar a proposta. "O tempo não depende
da nossa vontade, depende das nossas condições de voto. Se a gente tiver voto,
ótimo", afirmou. "Se tivesse voto, votava até amanhã, mas não
tem", acrescentou.
Maia afirmou que, quando o ministro da
Fazenda, Henrique Meirelles, fala de tempo para aprovar a reforma, fala apenas
do ponto de vista da importância da aprovação para contas públicas. "Ele
não tem, até porque nunca foi parlamentar, experiência de entender que isso
daqui é uma Casa do diálogo, e é com diálogo que a gente vai conseguir escolher
uma data correta para votar a Previdência, uma data onde a gente tenha os votos
necessários para aprová-la", declarou.
Por: Igor Gadelha, O Estado de
S.Paulo
Fonte: Estadão
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