O consórcio Norte Energia, dono da hidrelétrica de Belo Monte, pediu à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) uma medida cautelar para suspender os pagamentos que a empresa teria de fazer a partir deste mês. A punição deve-se ao descumprimento de seu cronograma de geração de energia, que previa o início das operações em 28 de fevereiro. A cautelar foi pedida à agência em 23 de janeiro.
O jornal O Estado de S. Paulo apurou que a Norte Energia queria que a medida fosse submetida à diretoria colegiada "em caráter de urgência", porque "o prazo fatal para recomposição do lastro de energia finda-se em 9 de março de 2015". A medida seria um tipo de proteção para o consórcio, até que a Aneel deliberasse sobre seu pedido para adiamento da usina. A agência não atendeu ao pedido de cautelar.
Na terça-feira, 3, a diretoria da Aneel pretendia votar o processo que trata da postergação de um ano nas operações, atraso causado por situações que, segundo a Norte Energia, não seriam de sua responsabilidade. O processo foi retirado da pauta mas deve voltar nos próximos dias.
Atos de vandalismo, greves, demora na emissão de licenças ambientais, atrasos nas declarações de utilidade pública e manifestações de organizações não governamentais estão entre os problemas apontados pelo consórcio para justificar os atrasos.
Nas contas do consórcio, seu cronograma sofreu atraso total de 455 dias nas obras da casa de força complementar e de 365 dias na casa de força principal da usina. A.B.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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