Zelma conta que retirar Brasil Novo dessa situação foi um trabalho de corpo a corpo com os munícipes. Segundo ela foi feito um processo de sensibilização em todas as Associações, Sindicatos, Câmara de Vereadores, além de entidades urbanas e rurais, assim todas perceberam a importância de tirar o município da situação de embargo, que foi decretada em 2008. “Brasil Novo era uma área de pecuária extensiva, e nos últimos 20 anos derrubaram muito a floresta. Hoje nós só temos 49% de cobertura florestal, incluindo a terra indígena Arara. Hoje, depois do nosso trabalho de conscientização, nós fechamos com somente oito km quadrados de desmatamento. Para o Ministério do Meio Ambiente o município não pode desmatar ano, mais que 40km quadrados”, destacou a secretaria.
Os principais critérios para a retirada de um município da lista do MMA são a redução dos índices de desmatamento e a inserção, no Cadastro Ambiental Rural (CAR), de pelo menos 80% da área cadastrável do município. Brasil Novo promoveu um esforço coletivo e conseguiu avançar no cadastramento das propriedades rurais. Segundo a secretária, o município está fechando 100% do território com o CAR. “Nós estamos fazendo as últimas glebas que precisavam do georreferenciamento e agora nós vamos entrar com a nossa equipe para fazer esse trabalho de finalização. Com isso Brasil Novo será o primeiro município da região de integração do Xingu com 100% do território de área cadastráveis, totalmente consolidada”.
A gestora do município, Marina Sperotto, destaca que a população de Brasil Novo hoje está consciente sobre o desmatamento. Segundo ela, a equipe de governo está trabalhando na confecção de um selo verde para identificar tudo o que for produzido em Brasil Novo, para agregar valor ao produto. “Esse projeto vai valorizar ainda mais o que nós produzimos e assim fazer com que Brasil Novo seja reconhecido em todo o território brasileiro”, destacou.
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