Em nota enviada à imprensa no fim desta manhã, o Consórcio Construtor Belo Monte informou que teve sua produção prejudicada nesta segunda-feira (18/05) em razão de bloqueios em diferentes vias de acesso aos canteiros de obras.
"O CCBM alerta que, no momento, a concentração de manifestantes no acesso à Vila Residencial Belo Monte é uma grande fonte de preocupação", relatou a nota.
De acordo com o CCBM, o bloqueio vem mantendo sitiados cerca de 7.200 moradores deste local - entre eles, milhares de crianças e mulheres - que não estão conseguindo deixar a Vila, o que põe em risco a própria segurança desses moradores.
"A manifestação, que tem reivindicações cujo atendimento está fora da área de atuação do CCBM, impede também que mais de 600 funcionários ali alojados deixem o local em busca de alimentação no Sítio Belo Monte", denunciou a empresa.
O CCBM também informou que está mantendo os serviços essenciais em operação e está tomando todas as ações cabíveis no âmbito jurídico-administrativo para por fim ao bloqueio da rodovia Transamazônica.
Cerca de 800 produtores rurais da região Transamazônica, sudoeste do Pará, fecharam desde às 5h da manhã de hoje (18), a BR-230. Os manifestantes fazem parte dos Movimento pela Garantia dos Direitos das Populações da Transamazônica e Xingu.
A comunidade tem um documento com oito páginas de reivindicação. As principais são:
1. Licença indígena Medicilândia / Uruará e Novo Repartimento / Itupiranga;
2. Programa Luz Para Todos que beneficie 25 mil famílias;
3. Plano nacional de habitação rural que beneficie 3 mil famílias da Transamazônica;
4. Inclusão no PAC 3 da trafegabilidade nas estradas da zona rural;
5. Termo de Ajuste de Conduta (TAC) sobre a gestão do saneamento básico de Altamira;
6. Consolidação das condicionantes de Belo Monte;
7. Ordenamento fundiário das áreas indígenas do entorno da Transamazônica e Xingu.
Os bloqueios acontecem nos quilômetros 27, 40 e 55, no município de Vitória do Xingu. Todos os pontos servem de acesso a construção da usina de Belo Monte.
"Nós viemos para ficar o tempo necessário para que as autoridades responsáveis sentem e conversem conosco", falou João Batista Uchôa, um dos líderes do protesto.
No domingo os produtores rurais já haviam fechado a rodovia, após negociação com a Polícia Rodoviária Federal a estrada foi liberada. O protesto é por tempo indeterminado.
Fonte: O Xingu
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