Ações
de combate à doença precisam ser revistas, admite diretora da Sespa
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O
número de pessoas que contraiu malária no Pará triplicou nos
últimos três anos. Em 2017, mais de 36 mil pessoas foram
diagnosticadas com a doença no Estado. De 2015 a 2017, o número de
casos mais que triplicou. Subiu de 11.266 para 36.382. Os municípios
com os maiores números de casos em 2017 foram Bagre (7.421), Anajás
(5.817), Oeiras do Pará (5.545), Curralinho (4.178), Itaituba
(2.072) e Portel (1.621). As informações são do G1 Pará.
A
Secretaria de Estado de Saúde do Estado (Sespa) está tentando
entender o que provocou esse aumento considerado muito acima das
expectativas. O fato é que a doença parecia estar controlada. As
ações de combate à doença precisam ser revistas com urgência,
admite a Sespa. “Muitas vezes a mudança desses gestores, dessa
equipe já capacitada, pode ser um dos fatores que fragilizam essa
vigilância em saúde”, supõe a responsável pelo departamento de
vigilância em Saúde da Sespa, Débora Crespo.
“Nós
temos a floresta e a condição climática que favorecem muito isso.
E o mosquito cresce justamente em áreas de água limpa”, diz. A
transmissão da malária é fita pela picada do mosquito conhecido
como mosquito prego, que também se reproduz em água parada.
Até
hoje não há vacina para a doença. A malária tem de ser tratada
como emergência médica. Os primeiros sintomas são muito parecidos
com os de uma gripe e a demora para iniciar o tratamento pode até
provocar a morte da pessoa.
Josenilda
Sousa estava com febre há mais de uma semana e procurou atendimento
médico para afazer o teste que detecta a doença. “A malária pode
vir de uma forma mais simples, a chamada não complicada, e pode ter
a mais complicada em que os picos febris atingem níveis superiores a
40 graus”, explica Débora.
Em
cinco cidades a doença está praticamente erradicada: Altamira (35
casos), Anapu (7 casos), Senador José Porfírio (1 caso), Brasil
Novo (sem malária desde 2013) e Vitória do Xingu (sem malária
desde 2013).
“Esse
planejamento é feito em conjunto com as equipes de vigilância em
Saúde da regional com a supervisão da Norte Energia e o trabalho é
basicamente vigilância epidemiológica. Quando ela é eficaz, você
consegue estabilizar o ciclo da doença e evita a aparição de novos
casos”, diz o coordenador de saúde de Altamira Ney Carvalho.
Fonte:
Portal ORM
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