(Foto: Rogério Uchôa/Diário do Pará) |
Conversas veiculadas em um grupo de WhatsApp geraram polêmica e revolta na comunidade acadêmica da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra): as mensagens possuem teor machista e, algumas, até fazem incitação ao estupro. Imagens de alunas nuas também teriam sido compartilhadas na rede social.
As mensagens começaram a ganhar visibilidade na noite deste domingo (5), segundo relato de alunos que foram citados nas conversas. Em uma delas, é possível ler frases de teor racista como “aí depois me perguntam porque não gosto de preto”.
Em outro print dos diálogos, os alunos que estão no grupo de WhatsApp propõem fazer um “ranking da Ufra”, após de terem sido supostamente imagens de alunas da universidade nuas.
Em outra conversa, mais grave, a incitação à violência sexual. “Bora logo meter o estupro”, escreveu um dos estudantes. “Estupro não, sexo surpresa”, diz outra mensagem na mesma conversa.
Ato de repúdio
Após a divulgação dos prints, estudantes da Ufra pregaram cartazes pela instituição, na manhã desta segunda-feira (6), com alguns trechos das conversas. Uma reunião para debater sobre o assunto também foi marcada entre os discentes para a tarde de hoje.
Em nota, a Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) informa que repudia veementemente as ações de apologia a crimes previstos na legislação brasileira, feitas por meio de aplicativos de celular, pelos quais incorrem em comentários de cunho capcioso, ilegal e indignos à pessoa humana, além de apresentarem-se inadequados ao ambiente acadêmico. No entanto, diz que não cabe à Universidade controlar os conteúdos exauridos por alunos em seus aparelhos telefônicos pessoais, mesmo não compactuando com tais conteúdos.
Adicionalmente, a Ufra informa que a atual gestão tem agido para prevenir e apurar infrações dessa natureza, prestando o devido apoio psicossocial aos alunos e realizando os encaminhamentos cabíveis.
Fonte: DOL
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