BRASIL NOVO NOTÍCIA: Hospital Regional da Transamazônica sofre com alta demanda

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Hospital Regional da Transamazônica sofre com alta demanda


A aposentada Angelina Souza, 71 anos, deu entrada no hospital Natália Arraes de Brasil Novo (PA) no dia 02 de novembro com fortes dores de cabeça, no dia 06 de novembro o médico responsável solicitou transferência da idosa para o Hospital Regional da Transamazônica em Altamira, mas só foi transferida para a unidade no dia 08. De acordo com a família, após exames, dona Angelina foi diagnosticada com suspeita de Acidente Vascular Cerebral. Na segunda-feira, 11/11, dona Angelina passou por uma cirurgia, em menos de 24 horas acabou indo a óbito. "O atendimento dos médicos foi muito bom, acredito que eles fizeram o possível e o impossível para salvar minha mãe, mas infelizmente Deus quis assim. Só lamento a demora no atendimento, talvez se ela tivesse chegado antes, teria mais chance de sobreviver", disse Maria Daíres, filha de Angelina.

Este caso faz parte de uma estatística crescente na região de entorno de Belo Monte. As demandas por alta e média complexidades cresceram. O Hospital Regional atende em média 22 casos de emergências por dia, além de 325 consultas ambulatoriais por semana. O resultado é a superlotação já que o HRT é o único hospital da região que atende casos de média e alta complexidade. “Com o crescimento populacional exagerado, o Hospital Regional da Transamazônica, tem sofrido reflexos, uma vez que os casos mais graves cresceram exageradamente. Isso faz com que os pacientes tenham uma recuperação mais lenta, aumentando o tempo de permanência e diminuindo a oferta de leitos pelo Hospital”, explicou Edson Primo, diretor geral do Hospital Regional.

Outro problema é a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Adulto, que contempla apenas nove leitos. Muito pouco para um hospital que atende Altamira e outros oito municípios da região da Transamazônica e Xingu.

De acordo com o HRT, os casos mais frequentes são de politraumatismo (acidente de motocicleta e ferimentos por armas brancas e de fogo). Uma fonte do hospital revelou que entre outubro e novembro, todos os leitos da UTI adulto do Regional ficaram 12 dias lotados. Em alguns casos, profissionais tiveram que ser remanejados de suas alas para ajudar nos atendimentos. A direção do hospital negou a acusação e informou que não há remanejamento de profissionais Enfermeiros e Técnicos de Enfermagem de uma UTI para atendimento em outra. “O hospital possui descrito um plano de contingência para grandes emergências, acidentes e catástrofes”, informou o diretor geral do hospital.

A direção da unidade hospitalar alega que o aumento da demanda se da pelo crescimento populacional da região. São 317 mil habitantes, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O hospital que possui o título de Hospital Acreditado Nível II – ONA por ter como princípios a “Segurança do Paciente e de Seus Colaboradores”, hoje opera no limite por está com os atendimentos acima da capacidade.

Fonte: O Xingu

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