|
Congestionamento de veículos em atoleiro na comunidade Nazaré |
Enquanto políticos pregam em seus discursos o
desenvolvimento da Rodovia Transamazônica – BR-230, motoristas e passageiros
vivem uma realidade diferente do que é falado nestes discursos. Prova disso é o
que vem ocorrendo na BR nos últimos dias. Parte da estrada na região de
Altamira, Pacajá, Brasil Novo e Marabá já foi asfaltada, mas nunca os trabalhos
terminam o que acaba causando transtorno para quem precisa dela.
|
Motoristas passam até três dias nos atoleiros |
Na semana passada, em dois trechos da estrada
ficaram intrafegáveis, atoleiros localizados entre Bom Jardim e a Vila Nazaré,
duas comunidades localizadas entre Pacajá e Anapú, no trecho entre Marabá e
Altamira. Outro trecho da Rodovia entre
|
Passageiros tentam ajudar caminhoneiros a saírem do atoleiro
na tentativa de abrir passagem para o ônibus |
Altamira e Uruará na altura do Km 105,
a situação também é muito preocupante. Lá, motoristas e passageiros enfrentam
sérios problemas para alcançarem seus destinos e muitos deles ficam até 3 dias
à espera de uma oportunidade para cortarem a lama e seguirem o caminho traçado
para a viajem. Tudo isso resulta de uma herança de mais de 40 anos de descaso
pois desde que a BR-230 foi construída na década de 70, a rodovia nunca foi
vista como prioridade pelos governos e todo esse transtorno tem sido causado
pelas deficiências na infraestrutura que dificultam a trafegabilidade.
|
Atoleiro entre as comunidades Bom Jardim e Nazaré |
As filas de veículos parados nos atoleiros, entre eles
caminhões carregados de mercadorias perecíveis, alcançaram mais de um Km de
extensão prejudicando os passageiros que precisam do transporte de ônibus para
chegar à capital ou cidades próximas. Cargas perecíveis como frutas e verduras
originadas dos Estados do Sul e Sudeste do país que abastecem os supermercados
de Altamira e municípios vizinhos, acabam chegando ao destino final sem
condições de consumo gerando prejuízos para os produtores, para os
caminhoneiros, para os comerciantes e para o consumidor, pois boa parte dos
produtos que chegam tem que ser jogados fora pela falta de condições de consumo
e a outra parte acaba por ter seu valor alterado, chegando ao consumidor mais
caro normal.
|
As filas de Caminhões chegou a mais de 1 km de extensão |
Proprietários de fazendas ás margens da Rodovia utilizam os tratores par puxarem os veículos nos atoleiros e cobram de R$ 30,00 a R$ 100,00 para isso. A rodovia Transamazônica começa no Nordeste, em
Cabedelo no Estado da Paraíba e termina em Lábrea, no Amazonas. Mas
no estado do Pará, ela se transforma em uma imensidão de abandono e os
problemas estão em quase toda parte.
Por: Valdemídio Silva
Fotos: Valdemídio Silva
Nenhum comentário:
Postar um comentário