Brasil Novo Notícias: Após 23 dias, atingidos por Belo Monte desocupam Ibama

terça-feira, 31 de julho de 2018

Após 23 dias, atingidos por Belo Monte desocupam Ibama

Manifestantes também liberaram a rodovia Transamazônica, que estava bloqueada desde ontem
Pertences de família atingida
 por Belo Monte organizados para
desocupar o pátio da sede
 do Ibama
Após 23 dias de ocupação do escritório do Ibama em Altamira, as famílias atingidas por Belo Monte aceitaram desocupar o órgão na manhã dessa terça-feira (31). A desmobilização ocorreu após negociação entre o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), que organiza as famílias, Ibama, Norte Energia, Governo Federal e Defensoria Pública da União (DPU).
Entenda
Atingidos desmobilizam acampamento às
 margens da Transamazônica e liberam a pista
Após 3 anos de luta com o MAB, as famílias da lagoa do Independente 1 foram reconhecidas como atingidas por Belo Monte ainda em março pelo Ibama. No entanto, até o momento, a Norte Energia ainda não iniciou os trabalhos de realocação, por não chegar a um acordo com a prefeitura de Altamira sobre a entrega de obras condicionantes construídas pela empresa e que devem ser repassadas ao poder municipal. Esse atraso motivou a ocupação do Ibama pelas famílias no dia 9 de julho.
Na semana passada, o Ibama entrou com um pedido de reintegração de posse, mas mediante a negociação e a desocupação pacífica do escritório, o órgão se comprometeu a retirar essa ação judicial contra os atingidos.
Ao todo, 968 famílias na “lagoa” e entorno foram cadastradas pela Norte Energia. Para os moradores das palafitas e casas que não podem ser ligadas ao sistema de saneamento, devem ser oferecidas as opções de reassentamento, indenização ou aluguel social, de acordo com o Plano Básico Ambiental de Belo Monte.
De acordo com a Casa de Governo (representação do governo federal em Altamira), está marcada uma reunião para o dia 7 de agosto em Brasília entre Casa Civil, prefeitura de Altamira e Norte Energia, onde se vai buscar chegar a um acordo sobre a entrega das obras e o início da remoção das famílias da lagoa.
Fonte: MAB

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