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Técnicos dos
Tribunais Regionais Eleitorais do Pará, Roraima, Rondônia, Acre, Amapá,
Amazonas, Distrito Federal e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) estão
reunidos em Belém até a próxima sexta-feira (27), para testes nos sistemas que
serão utilizados no processo eleitoral das eleições deste ano, com primeiro
turno em 7 de outubro. Esta é a primeira vez que o Pará recebe o chamado teste
em Campo dos Sistemas Eleitorais. O Estado funciona como polo da região Norte,
Distrito Federal (Brasília), e ainda recebe uma equipe do próprio TSE. São
testados neste ciclo, 25 sistemas eleitorais, mas o secretário de Tecnologia da
Informação do TRE Pará, Felipe Houat de Brito, frisou que o ciclo completo é
ainda maior, ultrapassa 50 sistemas integrados, considerando todas as
situações, desde a condição de candidatos nulos à retotalização de votos.
“Todos os sistemas são integrados e essas integrações
tendem a causar uma certa dificuldade, por isso, a razão dos testes’’, observou
Felipe Houat de Brito, comentando sobre a necessidade das verificações e
análises dos sistemas eleitorais. ‘’Existem sempre as atualizações
tecnológicas, o processo tende a melhorar com mais capacidade de processamento,
os aplicativos são uma realidade. Nós temos aplicativos para o eleitor saber
onde é que ele vota, aplicativo para justificativa de voto, para divulgação do
resultado em tempo real, esse último é o mais acessado nas últimas eleições’’,
acrescentou ele.
Felipe Brito ponderou que além das novidades
tecnológicas, existem modificações severas na legislação eleitoral atual. “Há
uma mudança significativa, por exemplo, na questão do quociente eleitoral,
essas alterações na lei, todas elas se não estiverem refletidas no sistema, a
gente pode ter um problema, de fato, durante a concretização do resultado das
eleições’’, explicou o secretário de TI do Tribunal.
A regra de distribuição das chamadas “sobras” de vagas,
calculadas a partir do quociente eleitoral de partidos e coligações - número
mínimo de votos recebidos por uma coligação para ter direito a uma vaga no
Legislativo - na nova versão permite que possam entrar nessas vagas candidatos
de partidos que não tenham atingido o índice.
Esta é a primeira que o Pará recebe o teste em Campo dos
Sistemas Eleitorais. “Acho que é uma demonstração de que o Pará cresce no
cenário nacional. Somos o maior Estado da Região Norte. Temos, praticamente, o
dobro de eleitores do Estado do Amazonas, segundo em número de eleitores. O
Pará tem cerca de 5,5 milhões de eleitores; o Amazonas, menos de 3 milhões’’,
afirmou Felipe Brito.
Logo que o TSE conclui uma eleição, explicou o chefe da
Seção de Totalização e Divulgação de Resultados do TSE, Júlio Valente, o órgão
inicia a preparação e a construção dos softwares da próxima eleição. Esse
processo se completa no ano da eleição com os testes, em questão.
“Nós temos uma agenda intensa de testes que acontecem em
vários Estados do País, com o objetivo de identificar pontos de melhoria,
homologar as soluções, identificar algum gargalo de desempenho para que
possamos atuar ainda em tempo da cerimônia de lacração dos sistemas eleitorais,
que acontecerá em final de agosto. É que a partir da lacração dos sistemas
eleitorais, os softwares não podem mais ser mexidos’’, informou Júlio Valente,
que é bacharel em Ciência da Computação com pós-graduação em Modelagem do
Conhecimento em Engenharia de Software.
Fonte: Portal ORM
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