(Foto: Reprodução) |
Manter o cartão de vacinação em dia é a principal atitude que a
população deve tomar para evitar a reintrodução de doenças imunopreveníveis no
Pará, como o sarampo, considerando o surto da doença que vem sendo enfrentado
pelo estado do Amazonas.
A orientação é da
coordenadora estadual de Imunização, Jaíra Ataíde, que também falou sobre as
medidas que a Sespa e as Secretarias Municipais de Saúde tomaram em relação aos
cinco casos suspeitos de sarampo, sendo dois notificados no município de Novo
Progresso, dois em Juruti e um em Terra Santa, na região oeste do Estado,
durante o mês de junho.
Segundo Jaíra, dois casos de
Novo Progresso já foram descartados por exame realizado pelo Laboratório
Central do Estado (Lacen), e três permanecem sob investigação aguardando
resultado de exame, sendo dois de Juruti e um de Terra Santa.
O caso suspeito de Terra
Santa é de um jovem de 18 anos, que mora em Manaus, mas tinha ido para a casa
da sua mãe em Terra Santa restabelecer-se de uma cirurgia de apendicite
realizada na capital amazonense. Ele apresentou febre, exantema (manchas
avermelhadas na pele), tosse, coriza, conjuntivite e artralgia (dor nas
articulações), sem história de viagem para outro município ou estado, e sem
contato com caso suspeito ou confirmado da doença.
Já os casos suspeitos de
Juruti são de uma criança de nove meses e de seu pai, de 20 anos de idade, que
também apresentaram sintomas como febre, exantema, tosse, coriza, artralgia e
presença de gânglios.
Além de coletar sangue dos
casos suspeitos para os exames de sorologia, as Secretarias Municipais de
Saúde, com apoio do 9º Centro Regional de Saúde (CRS) da Sespa, estão
orientando a população e realizando bloqueio vacinal, que consiste em fazer
busca ativa nos locais de circulação dos casos suspeitos para verificar se as
pessoas com quem mantiveram contato estão ou não com a vacina em dia.
“Estamos vacinando todas as
pessoas que não comprovarem que já tomaram vacina contra o sarampo, com exceção
dos adultos com mais de 40 anos, que automaticamente, ao longo da vida, já
entraram em contato com o vírus da doença”, explicou a coordenadora estadual.
“Também enviamos dez mil dozes de vacina contra sarampo para o 9º CRS para
reforçar o estoque dos municípios naquela região”, acrescentou Jaíra.
Conforme a coordenadora
estadual, os sintomas apresentados por todos os casos suspeitos são semelhantes
aos de muitas doenças infecciosas, por isso é fundamental o exame laboratorial
para diagnóstico diferencial, que deverá apontar o agente etiológico causador
das enfermidades.
Jaíra informou que muitos municípios paraenses apresentam baixa
cobertura de diversas vacinas do calendário básico de vacina. “Por isso que é
fundamental que as famílias procurem os postos de saúde para atualizarem os
cartões de vacina dos seus filhos, especialmente, em relação à vacina triviral
(sarampo, caxumba e rubéola), para crianças de 12 meses, e tetraviral (sarampo,
caxumba, rubéola e varicela) para crianças de 15 meses, ambas com dose única”,
esclareceu a coordenadora da Sespa.
Sarampo
É uma doença infecciosa
aguda, viral, transmissível, extremamente contagiosa. Os sintomas iniciais são
febre, tosse persistente, irritação ocular e coriza. Após esses sintomas,
geralmente há o aparecimento de manchas avermelhadas no rosto, que progridem em
direção aos pés. Também pode causar infecção nos ouvidos, pneumonia,
convulsões, lesão cerebral e morte.
A transmissão ocorre
diretamente, de pessoa a pessoa, geralmente por tosse, espirros, fala ou
respiração. Além de secreções respiratórias ou da boca, também é possível se
contaminar por meio da dispersão de gotículas com partículas virais no ar, que
podem perdurar por tempo relativamente longo no ambiente, especialmente em
locais fechados como escolas e clínicas. A suscetibilidade ao vírus do sarampo
é geral e a única forma de prevenção é a vacinação.
Fonte: DOL com informações da
Agência Pará
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