Agricultores familiares, produtores de cacau em Altamira, no oeste paraense, e órgãos ligados à produção agrícola estarão reunidos na próxima sexta-feira, 8, a partir das 9h, no Projeto de Assentamento Ressaca, na zona rural do município, para um Dia de Campo sobre o cultivo do cacau. A atividade técnica deve reunir 150 agricultores na propriedade da agricultora Evalda Francisca de Jesus, localizada na comunidade Pirara, vicinal Pernambuco, e permitirá a troca de conhecimento entre técnicos e produtores.
O Dia de Campo busca difundir junto aos produtores a prática de poda, incentivar práticas de manejo adequado da cultura, despertar os produtores para a necessidade de melhorias na qualidade do produto, incentivar o uso de estufa para a secagem das amêndoas e melhorar o sistema de comercialização.
Segundo dados da Emater, a falta de manejo adequado da cultura e a falta de infraestrutura de beneficiamento (fermentação e secagem) tem provocado a queda na produtividade das lavouras de cacau na região. O Dia de Campo quer demonstrar tecnologias adequadas para o desenvolvimento da cacauicultura, elevar a produtividade e melhorar a qualidade do produto.
A região de Altamira apresenta solo propício para o desenvolvimento da cacauicultura. Os plantios são, na maioria, cultivados com base nos princípios agroecológicos, sem a introdução de adubação química para o desenvolvimento da lavoura. Hoje, por cada quilo de amêndoa in natura, o agricultor recebe R$ 5,80, valor considerado baixo.
Altamira tem pelo menos dois milhões de pés de cacau plantados, com produtividade anual de um quilo de amêndoa por planta, considerada baixa tendo em vista a ausência de tratos culturais adequados. “Queremos mostrar e demonstrar que podemos dobrar a produtividade por planta, mas é necessário trabalhar o manejo adequado da cultura”, disse Josué Cavalcante, técnico da Emater. O município é o terceiro maior produtor de cacau da região da Transamazônica.
Fonte: O Xingu
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