Na carta aberta a comunidade os servidores da educação e os servidores da saúde do município de Uruará através de seus respectivos sindicatos , Sintepp e Sindsaúde, expuseram os motivos que levaram os servidores a fazerem a manifestação realizada nesta segunda-feira pelas ruas da cidade e em frente a prefeitura municipal quando carregaram faixa e cartazes com dizeres: Uruará não pode mais atrasar salários esse ano, não somos escravos, chega de perseguição, a classe revoltada quis despertar tanto a nova equipe de governo quanto a população o tanto que estão sendo menosprezados pela nova gestão, o movimento diz que o atraso este ano foi o pior de todos os tempos da história de Uruará, visto que foi no primeiro ano de governo e as percas salariais e o não pagamento são incontestáveis, reclamaram do sexto de férias que nunca saiu e lembraram que só quem trabalha sem receber é escravo, inclusive podendo esse protesto chegar as autoridades competentes com relação aos direitos humanos.
De acordo com a carta a manifestação popular pela garantia de direitos a educação e saúde pública de qualidade em Uruará aconteceu em razão do desrespeito do governo Banha com as reivindicações da categoria sem respostas há um ano, ainda de acordo com a carta a manifestação não foi apenas por salários, foi em defesa da educação e da saúde pública sendo que todos estão cansados das propagandas, dos pactos fictícios do governo municipal que não convencem e por querer ver as melhorias acontecerem no dia-a-dia as reivindicações do manifesto foram pontuadas:
- Construção e reformas das escolas
- Climatização nas escolas e quadros magnéticos
- Sanitários nas escolas da zona rural
- Água potável nas escolas (construção de poços artesianos)
- Concurso público para saúde e educação
- Data base para pagamento salarial dos contratados e concursados
- Férias e adicional de férias para os servidores contratados
- Adicional noturno e hora extra
- Jornada de trabalho e carga horária adequada
- Licença maternidade de seis meses (180 dias)
- Auxílio formação
- PCCR da saúde
- PCCR unificado da educação
- Auxílio alimentação
- Pagamento do TFD
- Transporte adequado para os pacientes
- Plano de saúde para os trabalhadores em educação e saúde
- Equipamentos e material de manutenção do hospital municipal (secadora de roupa, colchões, lençóis, equipamentos para higienização, carrinho de alimentação, central de ar, aparelho de endoscopia, mamografia, ressonância, tomografia, aparelho de colposcopia e outros mais)
- Construção urgente da unidade materno infantil
- 100% de reajuste nas diárias para acompanhamento de paciente
- Pagamento dos salários atrasados
A equipe do governo Pode mais quer iniciar as aulas somente no dia 3 de março de 2014, ganhando assim na nova gestão mais três meses esse ano sem pagar ninguém dos contratados, fazendo com que neste ano letivo professores trabalharem 10 sábados e um domingo gratuitamente. Lembrando que no ano que passou 2013 os funcionários contratados ficaram 6 meses e 15 dias sem receber salário e este ano só irão começar a lecionar apenas no mês de março assim receberão apenas no mês de abril de 2014, uma verdadeira aberração, um total absurdo. Alguns dos servidores reclamam do Sintepp a razão de terem feito a passeata justamente no dia 13 de janeiro data esta que após o dia 10 dava com sobra tempo para o governo pagar o salário do sofrido funcionário contratado e assim fizeram com que o movimento perdesse força. O notório, é claro, que o funcionário hoje tem mede de reivindicar seus direitos, pois teme represálias e perseguição, um dos servidores chegou a comentar no corredor da prefeitura: "Bons tempos eram aqueles que até contratado ia para greve sem medo de ser punido, pois tinha um gestor que no peito tinha um coração e reconhecia os direitos do funcionário, o governo de agora é frio e rancoroso e colocou nos funcionários o sentimento do receio e do medo". Hoje é só melancolia, reclamações e tristeza, mas mesmo assim o povo compareceu e foi as ruas dando o seu recado ao novo governo. O resultado de tudo isto é que o Governo Pode Mais comprovou que agora pode pagar salário de dezembro em janeiro que antes não podia. E a pergunta que não quer calar é: Por que não pagaram dezembro de 2012 em janeiro de 2013? Com todas as letras o novo governo municipal prova que realmente pode mais.
Por: Joabe Reis
Fonte: Sistema Regional de Comunicação
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