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sexta-feira, 28 de julho de 2017

CADEIRANTE É DESRESPEITADO POR PESSOAS DESPREPARADAS QUE FAZEM PARTE DA ORGANIZAÇÃO DO 19° FESTSOL

NOTA DE REPÚDIO
“Se o lugar não permitir o acesso a TODAS as pessoas, esse lugar que é deficiente”
Hoje fui vítima de uma restrição de liberdade, uma limitação ao meu direito de locomoção, que como é de conhecimento de todos já é limitada em virtude da minha condição de cadeirante.
Por conta do evento FESTSOL, que todos amamos e participamos a organização e administração de fato não permitem o acesso de automóveis “não autorizados”, para entrarem na parte mais próximo das barracas e do palco.
Contudo, por conta da areia, fica impossível trafegar na cadeira de Rodas, dessa forma como naturalmente fazemos, sempre sou levado à praia sem o uso da cadeira, o carro de um amigo me deixa o mais próximo da área de banho e de lá sou carregado por um amigo.
Hoje ao chegarmos, informamos a condição da dificuldade de locomoção e o responsável pela portaria permitiu que o motorista me deixasse no lugar costumeiro e voltasse a estacionar fora da área de trânsito para pedestre já que lá não podia permanecer o carro, correto o posicionamento assim fizemos.
No momento de voltarmos para casa meu amigo novamente tentou entrar com o carro na referida área, mas as pessoas que estavam na portaria, não permitiram a entrada do veículo seguindo ordens do senhor Paulinho dos Caramelos, alegando não ser possível que o carro entrasse pois não tinha autorização, e mesmo sendo explicado que era apenas para buscar um cadeirante e lá não permaneceria por um fração maior que 5 min.
É inadmissível nos dias de hoje nos depararmos e sermos submetidos a um total desrespeito e afronta a um direito fundamental garantido pela Constituição Federal, o direito de “IR e VIR”.
Artigo 5º, inciso XV: “É livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou sair com seus bens”
Todo cidadão tem direito de se locomover livremente nas ruas, nas praças, nos lugares públicos, nas praias sem temor de serem privados de locomoção”.
Eu, um homem de mais de 90 kg, tive que ser carregado por meu amigo por um caminho aproximadamente 800 metros, por conta da falta de humanidade, cidadania e respeito de pessoas que são colocadas em postos públicos sem sequer serem esclarecidas de funções básicas, sendo obrigadas apenas a seguir regras incisivas, sem se atentarem as especificações das minorias.
O que peço hoje ao poder público, não é uma esteira de borracha para que eu mesmo possa conduzir a minha cadeira pela praia, nem tão pouco uma cadeira anfíbia para que possam me conduzir no espaço de areia, mas simplesmente que o Poder Público não permita que as pessoas que são colocadas à disposição do Serviço, não transgridam os direitos das pessoas, que o responsável saiba ter sensibilidade com a causa das minorias, e não simplesmente dar ordens sem se atentar a algumas especificações.
Isso é uma questão de Cidadania, de Inclusão Social e de respeito aos direitos fundamentais das pessoas.
Breno Klauter Souza Torres 

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