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terça-feira, 25 de julho de 2017

ALTAMIRA LIDERA O DESEMPREGO NO PARÁ

Foi divulgado um estudo do Ministério do Trabalho que mostra uma triste realidade para o povo paraense. Segundo o relatório do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o Pará é líder em taxas de desemprego da região Norte. No 1º semestre deste ano, cerca de 120 mil pessoas foram demitidas no Estado, acima dos 114,1 mil contratados.
E os dois municípios que mais sofrem com o desemprego, em todo o Norte, também ficam aqui: Altamira e Canaã dos Carajás. No primeiro semestre deste ano, Altamira demitiu 6,2 mil trabalhadores e contratou apenas 2,8 mil. Isso representa um saldo negativo de 3,4 mil postos de trabalho, uma queda de 16,2% no número do emprego formal nos 6 primeiros meses de 2017, em comparação a 2016.
E a situação vem piorando. Só em junho, o município demitiu quase 1,1 mil pessoas. Já Canaã dos Carajás dispensou 5,5 mil trabalhadores no primeiro semestre e contratou apenas 1,5 mil pessoas, fechando o período com menos 4 mil postos de trabalho.
A situação tem se repetido. Nos últimos 12 meses, Altamira demitiu 15 mil pessoas e ficou com saldo negativo de 8,5 mil postos de trabalho (queda de 32,8% no emprego). O mesmo ocorreu em Canaã dos Carajás, que, também em 12 meses, fechou 14,2 mil vagas e admitiu apenas 3,7 mil pessoas.
A situação se repete em diferentes municípios do Pará e fez com que o Estado fechasse 6 mil postos de trabalho na análise semestral. Em 12 meses, o saldo de empregos no Pará é negativo em quase 21,8 mil vagas. Os resultados revelam a “falta de políticas públicas do Governo do Estado voltadas para a geração de emprego e renda”, observa o professor Assis Costa Oliveira, da Universidade Federal do Pará (UFPA) e especialista em Cidadania e Justiça Social. No caso de Altamira, o fim das obras da usina hidrelétrica de Belo Monte é apontado como principal responsável pela alta taxa de desemprego. Porém, para o professor da UFPA, faltou planejamento do Estado, que não soube atrair investimentos para o município em momentos de expansão econômica. “Desde o início, já se sabia que as obras tinham data para terminar”, diz Oliveira.
Altamira lidera outra triste estatística. O município é o 1º no ranking das cidades mais violentas do Brasil, segundo o Atlas da Violência, do Instituto de Pesquisa Aplicada (Ipea). Assis Oliveira critica a falta de integração entre as áreas de Segurança Pública, Assistência Social e Educação e aponta essa ausência de ação do Governo como causa para o alto índice de criminalidade no Estado, com 45 homicídios para cada 100 mil habitantes.

Po Lívia Ferrari e Erica Ribeiro

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