© Nirley Sena/Estadão Edinho, filho de Pelé, tem recurso negado e volta a ser preso em Santos |
O
ex-goleiro Edson Cholbi Nascimento, filho de Pelé, se apresentou ao
5º Distrito Policial de Santos, no litoral sul de São Paulo, por
volta de 16h desta sexta-feira para cumprir a pena de 12 anos, dez
meses e 15 dias de reclusão, em regime fechado, por lavagem de
dinheiro do tráfico de drogas.
Nesta
quinta-feira, a 14ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de
Justiça de São Paulo (TJ-SP) rejeitou por unanimidade os embargos
oferecidos pela defesa de Edinho e determinou a expedição do
mandado de prisão do réu assim que fosse publicada a decisão, o
que ocorreu nesta sexta-feira.
"Entrei
com três embargos porque o acórdão está omisso e consegui duas
liminares no STJ (Superior Tribunal de Justiça). Os embargos foram
rejeitados e corte determinou expediação de mandado de prisão para
que ele comece a executar provisoriamente a pena, mas ainda cabem
recursos no STJ e no STF (Supremo Tribunal Federal)", afirmou o
advogado Eugênio Malavasi, que defende Edinho, ao Estado.
Malavasi
ressaltou que os embargos não têm apenas a meta de evitar a prisão
de Edinho. "No entender da defesa, o acórdão está omisso, é
nós o opusemos em três oportunidades, mas não discutimos a
questão, vamos levar aos tribunais superiores".
O
advogado entrou com dois habeas corpus, no STJ e no Supremo, durante
as férias forenses, para sustentar a violação da proporcionalidade
na aplicação da pena. "No processo desmembrado, os co-réus
foram condenados e penas bem menores que a do Edinho", diz
Malavasi.
O caso
Edson
Cholbi do Nascimento foi goleiro do Santos Futebol Clube e treinador
do Tricordiano, time da terra natal de seu pai, Três Corações, no
interior de Minas Gerais. Preso provisoriamente em junho de 2005
durante a Operação Indra, do Departamento de Investigações sobre
Narcóticos (Denarc) - acusado de ligação com a quadrilha chefiada
pelo traficante Ronaldo Duarte Barsotti de Freitas, o Nadinho -,
ficou seis meses na cadeia e foi solto com habeas corpus concedido
pelo STF.
Foi
condenado, em maio de 2014, a pena de 33 anos e quatro meses
reclusão, mas permaneceu em liberdade por ser possível a oferta de
recursos. No dia 23 de fevereiro de 2017 a 14ª Câmara de Direito
Criminal do TJ-SP confirmou a condenação, mas reduziu a pena para
12 anos e dez meses, em regime fechado. No dia seguinte, Edinho se
apresentou no 5º DP de Santos. Horas antes, a defesa já havia
entrado com um habeas corpus no STJ e o ex-goleiro foi solto em 2 de
março.
No
dia 31 de março, o TJ-SP rejeitou mais uma vez os embargos da defesa
e determinou a prisão do réu. O advogado Eugênio Malavasi impetrou
outro habeas corpus ao STJ, que foi aceito antes de Edinho ser preso.
No mês passado, o tribunal rejeitou novamente os recursos
apresentados pela defesa do ex-jogador, mas naquela oportunidade
Edinho não foi preso.
Fonte:
MSN/Estadão
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