Produtores
rurais do Pará estão proibidos de cultivar grãos de soja até o
dia 15 de setembro. É o chamado "vazio sanitário da soja",
que vale para os municípios de Conceição do Araguaia, Redenção,
São Félix do Xingu, Parauapebas, Marabá, Itaituba e Altamira.
O
período do vazio começou em 15 de julho e visa reduzir a
sobrevivência de um fungo que causa a chamada "ferrugem
asiática", que provoca a queda de folhas, impede a formação
de grãos e pode comprometer até 70% da produção. A proibição
tem como objetivo acabar com o hospedeiro do parasita antes da
próxima safra já que, sem pés de soja plantados, o fungo não tem
como se reproduzir.
De
acordo com o governo, o Pará é o único estado do Brasil que tem
três etapas de vazio de soja, definidos por uma portaria estadual. O
cuidado é por causa das condições climáticas paraenses, que
favorecem a reprodução do fungo. Equipes da Agência de Defesa
Agropecuária do Pará (Adepará) fiscalizam o cumprimento da medida,
que pode resultar em multa de até R$ 10 mil para o produtor rural
que desobedecer a medida.
Segundo
o governo, o Pará tem 733 propriedades produtoras de soja,
distribuídas em 29 municípios. De acordo com o gerente de Programas
de Pragas de Importância Econômica da Adepará, Wilson da Silva, os
criadores do estado estão conscientes da necessidade do vazio
sanitário. “Muitos já fazem a destruição das plantas
voluntárias e tigueras - plantas originárias dos grãos caídos no
solo durante a colheita - e não plantam dentro do período do vazio
sanitário”, disse.
Fonte:
G1
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