Brasil Novo Notícias: Entidades estão indignadas com novo crime cometido pelo assassino de Dorothy

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Entidades estão indignadas com novo crime cometido pelo assassino de Dorothy


Entidades ligadas à defesa dos direitos humanos no Pará manifestaram indignação com a prisão de Rayfran das Neves Sales, assassino confesso da missionária Dorothy Stang, por suspeita de envolvimento em outros crimes. Rayfran foi beneficiado com prisão domiciliar em 2013 por ter apresentado bom comportamento na cadeia.

Para o representante do Comitê Dorothy Stang, Dinailson Benassuly, a notícia de que Rayfran estaria envolvido em outro assassinato não foi uma surpresa. “Matar uma freira, anciã, idosa, de uma forma fria como ele matou, leva-se a pensar que ele não é um cara normal, ele tem um perfil de psicopata. Como agora veio à tona, ele estava envolvido no mundo do crime de novo, na verdade de onde eu acredito que ele nunca se afastou”, afirma Benassuly, coordenador do Comitê Dorothy.
Padre Paulo Joanil, representante da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), acredita que os benefícios concedidos pela lei podem ter contribuído para a prática de mais um crime. “Isso é conivência do judiciário. Essa tal da liberdade condicional dele é liberdade plena. Várias pessoas já confessaram que o viam em festas, em baladas, circulando na cidade de moto, até ostensivamente para ser conhecido: ‘eu sou o Rayfran que matou a irmã Dorothy, eu estou aqui, livre”, disse o padre Paulo, secretário executivo da CNBB.

Rayfran

Condenado a 27 anos de prisão por ser assassino confesso da missionária norte-americana Dorothy Stang, Rayfran foi preso no último sábado (20) em Belém. Segundo a Divisão de Homicídios da Polícia Civil, ele seria o autor dos disparos que mataram um casal de amigos encontrados em Tomé-Açú, nordeste do Pará, no último dia 7 de setembro.

Rayfran cumpriu 8 anos em regime fechado e em julho de 2013 foi beneficiado com a prisão domiciliar porque teve bom comportamento. De acordo com a polícia, Rayfran integra uma quadrilha de tráfico internacional de drogas.

Ele vai cumprir prisão temporária de 30 dias por crime hediondo, que pode ser renovada por mais 30, para auxiliar nas investigações. A Polícia Civil acredita que possa ter amais envolvidos no crime. Cabe ao Ministério Público e Poder Judiciário revogar a prisão domiciliar de Rayfran.

G1 PA

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