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terça-feira, 16 de setembro de 2014

Como preparar um bom material de revisões para concursos

Concurso público realizado em Santa Bárbara d'Oeste
Quando a gente começa a se preparar para concursos públicos quer logo adiantar o estudo e acha uma perda de tempo preparar material para revisões. De fato, isso toma bastante tempo, mas é absolutamente necessário. Ter um material de apoio enxuto ajuda a rever o conteúdo nas poucas semanas disponíveis entre a publicação do edital e a prova.

O problema é saber o que é importante antes de concluir os estudos. Se as disciplinas não fossem tão longas, o ideal seria preparar esse material quando chegar ao fim do estudo da teoria de cada uma delas e voltar ao início para aprofundá-la.

Como nem sempre é possível fazer isso, uma solução intermediária é apenas sublinhar (de preferência a lápis) as partes mais importantes de cursos em PDF ou livros, fazendo anotações de palavras-chave na lateral da parte sublinhada, para facilitar a busca, se for o caso.
As aulas em vídeo e as presenciais terão de ser transformadas em anotações, que poderão ser sublinhadas em estudo posterior. Desta forma, as informações podem ser encontradas mais rapidamente. E é possível fazer uma revisão global dos conteúdos sem precisar ver todo o material de novo.
Passo a passo da revisão para concurso público
Se o edital não sair (ou o candidato não for aprovado naquele concurso), mais tarde, com o “vai e volta” de revisões e exercícios, o candidato vai ganhando discernimento do que é mais importante e de como as informações se relacionam.

Fichas-resumo
Uma opção mais eficiente do que os tradicionais resumos dos tempos de escola são as fichas-resumo. São fichas mesmo ou folhas soltas, que devem ser numeradas, e em cada uma deve ser colocado o nome da matéria e o título do assunto – somente um por ficha, para facilitar a organização.

A ideia é fazer como se fosse uma propaganda: colocar poucas informações (as mais relevantes para lembrar o conteúdo) e de forma visual, ou seja, organizá-las no papel de forma lógica. A fonte teórica pode ser anotada no canto da ficha, a lápis, para que o candidato possa voltar a ela caso sinta dificuldade no momento da revisão.
Exceções, questões mais difíceis ou específicas também devem ser anotadas nas fichas. Afinal, no futuro, será somente esse o material usado pelo candidato.
A ficha deve conter algum espaço para inclusões posteriores. Devem-se usar cores, mas não muitas (como caneta azul, caneta vermelha e lápis). É interessante usar sempre os mesmos códigos (vermelho para alertas, proibições, exceções). E é preciso cuidado para não poluir o papel, porque tudo o que estiver ali será entendido pelo cérebro como informação relevante.
Organização diferentes por assunto
A confecção das fichas-resumo não obedece a regras rígidas. Cada tipo de disciplina e de conteúdo se adequa melhor a uma forma de registro no papel. Veja abaixo algumas sugestões de como preparar o seu material:

- Português: a gramática apresenta muitas regras e, quase sempre, exceções. Em alguns casos é válido criar quadros (regras de acentuação, por exemplo).
- Direito: envolve teoria e legislação. Funciona bem anotar as definições teóricas, de forma sucinta, e anotar sempre a base legal, para que possa ser consultada (exemplo: princípio da legalidade - CF, art. 5, II)
Em alguns casos, quadros também são úteis, como na definição de alíquotas, e sempre que houver necessidade de comparar situações (por exemplo, remédios constitucionais: habeas corpus, habeas data, mandado de segurança e suas características).

- Matemática, estatística, raciocínio lógico: matérias de exatas apresentam muitas fórmulas, que precisam ser memorizadas. Anotar a fórmula é importante, complementando com informações que a expliquem e detalhes de como deverão ser utilizadas (por exemplo, as unidades de tempo deverão ser iguais em fórmulas de matemática financeira).
Atualização permanente
Depois de estudada a teoria, é natural que o candidato aprofunde o conhecimento fazendo questões de concursos anteriores e simulados. Assim, ele pode encontrar tópicos que precisam ser reforçados ou que não foram mesmo estudados anteriormente.

Nesse momento, é preciso buscar o material de apoio (livro ou curso em PDF) para estudar o assunto e incluí-lo no material de revisão.
Vantagens
No início pode ser um pouco difícil saber o que colocar nas fichas e como ordenar as informações. Com o passar do tempo, o candidato vai ganhando experiência e percebe como o recurso torna-se útil. O fato de elaborar as fichas já é de grande utilidade para a fixação e organização do conhecimento.

Mais rápidas de fazer do que um resumo, as fichas permitem organizar e hierarquizar as informações. Elas são mais efetivas porque o cérebro não vê um “bloco de palavras”, mas informações ordenadas e com realce, que ajudam a buscar o conhecimento que está na memória. Com isso, o trabalho de revisão torna-se mais dinâmico e interessante, favorecendo uma melhor concentração;
O uso de folhas soltas permite a substituição de alguma ficha sem comprometer todo o material – quando ficarem muito poluídas ou quando for preciso incluir muitas informações novas (o candidato pode substituir uma ficha por duas, mantendo o mesmo número e acrescentando uma letra para não precisar renumerar tudo, como 3A e 3B).
Todo o conteúdo da matéria ficará agrupado num só lugar, e tudo o que for visto depois também. O conjunto de fichas de cada disciplina é pequeno e pode ser facilmente transportado e consultado sempre que surgir um tempo livre inesperado.
* Foto: Luis Eduardo Deffanti/Prefeitura de Santa Bárbara d'Oeste
Fonte: G1.globo

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