Patrícia
Poeta deixará o Jornal Nacional no dia 3 de novembro, assim que as
eleições se consumarem.
A
informação foi anunciada pela Globo por meio de comunicado distribuído à
imprensa na manhã desta segunda-feira. Segundo o texto, ela se dedicará a um
novo projeto na área de entretenimento, destino que também levou a
ex-apresentadora do noticiário, Fátima Bernardes, a tomar novos rumos.
Renata
Vasconcellos, que há menos de um ano deixou o Bom
Dia Brasil para se mudar para o Fantástico,
assume o JN, ao lado de William Bonner.
Poliana
Abritta ocupará a vaga de titular do Fantástico, com
Tadeu Schmit.
A
Globo informa que o prazo de Poeta à frente do JN por três anos foi determinado assim
que ela assumiu o posto, o que jamais foi divulgado naquela ocasião ou de lá
para cá.
Assim,
a decisão que agora se anuncia é uma surpresa para todos.
ADENDO
publicado via edição do post às 11h24:
A
decisão foi anunciada na manhã de hoje também para os funcionários da casa,
incluindo o time do Jornalismo.
Ao
informar que Poeta havia aceitado o cargo com validade para deixá-lo, a direção
da Globo tenta amenizar, já que será impossível evitar de todo, as teorias da
conspiração provocadas por uma mudança dessas proporções em pleno período
eleitoral.
Poeta
de fato flerta com o entretenimento há tempos. No período em que morou em Nova
York, chegou a cursar cinema na NYU e, já de volta ao Brasil, explorou
narrativas que passavam longe do factual no Fantástico.
O
que ninguém em sã consciência do que representa esse posto consegue aceitar é o
discurso de que tudo já tinha prazo para acabar. Imagine você aceitar uma
proposta do seu empregador com esse discurso: “Tudo bem, estou honrado de
ocupar esse cargo, mas daqui a três anos eu quero fazer outra coisa”. Ainda
mais na Globo, onde toda restrição é encarada como uma desfeita.
Seja
lá como for, isso não dá aos especuladores de plantão elementos para atribuir a
saída de Poeta a questões políticas. Pode-se cogitar qualquer coisa relativa a
pesquisas de público que tenham apontado para essa dança de cadeiras, pode-se
até pensar em incompatibilidade de temperamentos ou química na bancada, mas
penso que a questão é interna, nada a ver com pressões de fora, como já circula
por aí.
Por:
CRISTINA PADIGLIONE
Fonte: Blog da CRISTINA PADIGLIONE
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