Coletiva de imprensa na Delegacia-Geral
A Polícia Civil apresentou, nesta terça-feira, 11, cerca de 270 quilos de cocaína apreendidos durante a operação Ilha Grande II que desarticulou um esquema de tráfico interestadual de drogas, que tem o Pará como destino final. Foi a maior apreensão em quantidade de drogas nos últimos cinco anos no Estado. Os resultados da operação foram apresentados, durante entrevista coletiva, na sede da Delegacia-Geral, em Belém. Além da droga apreendida, a operação resultou na apreensão de um fuzil AR 556 com 31 munições e uma lancha que era usada no transporte do entorpecente. As apreensões das drogas foram realizadas na região de Ilha Grande, em Ponta de Pedras, no arquipélago do Marajó, nos dias 7 e 10 deste mês.
Rota do tráfico de cocaína
No início deste mês, três homens envolvidos no esquema de tráfico de drogas foram presos em Belém. Eduardo da Silva Moura, de apelido Beá; Patrick Menezes Araújo e Anderson do Vale Lima já estão recolhidos no Sistema Penitenciário do Pará. Está preso também o peruano Edgar Edwin Ramires. A partir dessas prisões, as investigações foram aprofundadas para desarticular o esquema de distribuição de drogas. Até que, na última sexta-feira, 7, foi deflagrada a operação Ilha Grande, que deslocou policiais civis e militares, da Denarc, com apoio da Delegacia de Polícia Fluvial e do Comando de Operações Especiais (COE) da Polícia Militar do Pará, até a região, onde foram apreendidos 60 quilos de cocaína, além do fuzil AR 556 e da lancha.
Na mesma ocasião, foi preso o amazonense Francirley do Santos Leão, responsável em levar a droga até o local. Francirley tem condenação da Justiça por tráfico de drogas. Em 2014, ele chegou a ser preso, pela Polícia Federal. A droga foi encontrada na mata da ilha da Olaria, em Ponta de Pedras. A lancha foi localizada no furo do Rio Panema, também em Ponta de Pedras, às proximidades da ilha onde as drogas foram localizadas juntamente com a arma de fogo.
O delegado Hennison Jacob detalha que a cocaína é produzida na Colômbia e depois é transportada a partir da cidade colombiana de Letícia, situada na divisa com o Estado do Amazonas, por onde entra no Brasil, por meio da cidade de Tabatinga. Depois, o transporte segue pelos rios, até Manaus e Itacoatiara, no Amazonas, de onde ingressa no Pará por Santarém e segue até Ponta de Pedras, na ilha do Marajó. O delegado Gabriel Costa, da Denarc, explica que a apreensão resultou de oito dias de operações ininterruptas para localizar o local onde as drogas estavam escondidas em meio à mata fechada de difícil acesso.
INVESTIMENTOS Conforme o delegado Silvio Maués, diretor de Polícia Especializada, em média, nos últimos dois anos, as Polícias Civil e Militar apreenderam no Estado do Pará cerca de duas toneladas de drogas. Ele destacou que, a partir do ano de 2011, foram implementadas no Pará novas políticas voltadas ao combate ao tráfico de drogas no Estado. Entre elas, a criação do Grupamento Fluvial de Segurança Pública e a instalação dos Núcleos de Apoio à Investigação regionais, os NAIs, da Polícia Civil, que atuam nas investigações em todas as regiões do Pará.
O diretor destaca ainda a criação da Denarc como um fator de avanço do combate ao narcotráfico na região, não só na repressão aos fornecedores como também aos pontos de distribuição da droga. A próxima fase terá como objetivo prender todos os envolvidos no esquema de tráfico de drogas. Os presos foram transferidos ao Sistema Penitenciário e as drogas encaminhadas para perícia no Centro de Perícias Científicas Renato Chaves, em Belém. As drogas apreendidas ficarão à disposição para serem incineradas.
Fonte: PC/PA
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