As 249 caixas com contrabandeado apreendidas, na noite de
terça-feira (05), por policiais do Grupamento Fluvial (GFlu), foram transferidas,
nesta quinta-feira, 7, da sede do GFlu, na Rodovia Arthur Bernardes, para a
Receita Federal, onde a carga permanecerá apreendida. Avaliada em R$ 1 milhão,
a carga é composta de mercadorias diversas, como óculos, roupas, cremes para
cabelo, perfumes e relógios de pulso, que seriam levadas do Suriname para o
Estado de São Paulo.
O delegado Dilermando Dantas, diretor do Gflu, explica que
a tripulação da embarcação, onde a carga era transportada, foram ouvidos e
negaram a prática de contrabando. "Eles negaram saber o que estavam
transportando no barco", informou o delegado, ao apurar que o dono
da embarcação teria sido contratado, por R$ 500 mil, para fazer o
transporte da carga. O barco motor "São Pedro" foi abordado, por
volta de 19 horas, por policiais militares, em uma lancha, no rio Guamá, às
proximidades da orla da Universidade Federal do Pará, no bairro do Guamá, em
Belém. A carga era transportada dentro de caixas e pacotes diversos. De início,
tudo foi levado para a sede do Gflu para conferência.
A tripulação formada por Ernando Luís de Oliveira
Medeiros, 46 anos; Manoel Pedro da Paixão Lopes, 24 anos; Antonildo da Silva
Negrão, 30 anos; Rosimar Moraes de Assunção, de apelido “Dinho”, 40 anos;
Lucival dos Santos Lobato, 33 anos, e Moacir Amorim da Cruz, 45, foi autuada em
flagrante pelos crimes de formação de quadrilha, contrabando e descaminho. Uma
sétima pessoa, que estava a bordo, não foi autuada pelos crimes. Ainda,
conforme o delegado, a carga seria levada para uma área na rodovia Alça Viária,
onde uma pessoa já aguardaria para receber o produto e efetuar o pagamento pelo
transporte dos produtos ao dono do barco, Lucival Lobato.
No momento do flagrante, o responsável pela carga, Moacir Cruz,
chegou a oferecer aos policiais civis e militares a quantia de R$ 20 mil para
"resolver" a situação ali mesmo. No momento em que o dinheiro seria
pago, na orla da Estação das Docas, o delegado deu voz de prisão por corrupção
ativa. Os presos permanecem recolhidos à disposição da Justiça. As
investigações prosseguem. O Grupamento Fluvial, que é composto por agentes
da Delegacia de Polícia Fluvial (DPFlu), da Companhia de Polícia Fluvial da PM
e do Corpo de Bombeiros Militar.
FOTOS: JOEL LOBATO (ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DA
POLÍCIA CIVIL/PA).
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