Professores da rede pública fazem atos de protesto em Belém

Docentes da rede municipal protestam contra desconto nos contracheques. Categoria da rede estadual se concentra em frente à Sead nesta terça, 9.

Do G1 PA

Os professores das redes públicas estadual e municipal de ensino de Belém realizam atos de protesto na manhã desta terça-feira (9) na capital paraense. Segundo o o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado do Pará (Sintepp), os alunos da rede estadual estão sem aulas nesta terça por conta da paralisação. O G1 tenta contato com a Secretaria Estadual de Educação (Seduc) e a Secretaria Estadual de Administração (Sead).

Professores da rede estadual de ensino fazem manifestação em frente ao prédio da Sead, em Belém, nesta terça-feira (9). (Foto: Abélcio Ribeiro/Arquivo pessoal)

Segundo o Sintepp, cerca de 150 trabalhadores da educação estadual estão concentrados em frente ao prédio da Secretaria da Administração do Estado do Pará (Sead), onde esperam ser recebidos por representantes do órgão. A categoria reivindica pagamento do triênio, que estaria atrasado, aumento do auxílio-alimentação, pagamento dos retroativos atrasados, aplicação de eleições diretas para diretor de escola, enquadramento de jornada de acordo com o nível e a classe, conforme o plano de carreira. Os professores também exigem que a Secretaria defina a jornada para a categoria que leciona para presos custodiados pela Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado do Pará (Susipe).

Um outro grupo de docentes está na frente ao prédio do Tribunal de Justiça do Estado (TJPA), onde protesta contra a decisão do Tribunal, proferida na última sexta-feira (5), que mantém o desconto salarial de professores que grevaram em Belém entre os dias 26 de maio e 26 de junho deste ano.

Na última sexta, as Câmaras Cíveis Reunidas negaram o recurso do Sintepp, que requeria o não desconto dos dias parados dos profissionais que participaram da greve. De acordo com o processo, o Sindicato recorreu à Justiça através de Mandado de Segurança visando a proteção de direitos referentes ao não desconto e não contratação de temporários.

Entenda o caso

A mais recente greve dos professores da rede municipal de Belém durou 31 dias, e foi encerrada no último dia 26 de junho. Segundo a prefeitura, apesar dos 31 dias de duração, a greve não irá afetar o calendário escolar  na maioria das escolas, já que 95% da rede não aderiu ao movimento. De acordo com Williams Silva, coordenador do sindicato dos professores, a paralisação afetou 70% das escolas.

Durante a greve, os manifestantes cobraram o reajuste do vale alimentação de R$ 220 para R$ 500, a adequação do piso da categoria com o nacional, o pagamento de gratificação de insalubridade para funcionários operacionais de escolas e creches, além de eleição direta para diretor das escolas municipais.