Estudos
de duas vacinas contra o zika vírus desenvolvidos por pesquisadores
do Instituto Evandro Chagas (IEC), em Ananindeua, em parceria com a
Universidade do Texas Medical Branch, nos Estados Unidos, conquistam
resultados positivos. Foi comprovada, em quase 100%, a eficácia
experimental das vacinas em camundongos fêmeas.
Na
pesquisa, o vírus não passou para os fetos. Os resultados mostram
que as vacinas foram capazes de impedir as síndromes de malformações
de fetos dos camundongos. A expectativa é de que as vacinas sejam
aprovadas para testes em seres humanos entre o fim deste ano e começo
de 2018, sendo distribuída pelo Ministério da Saúde (MS), em até
3 anos.
Esta
nova fase do estudo foi publicada ontem, na revista americana Cell,
especializada em ciência. A vacina com vírus vivo atenuado, com
apenas uma dose, garantiu a proteção da mãe e do feto. Ela foi
aplicada em 23 fêmeas de camundongos, antes do acasalamento.
Segundo
Pedro Vasconcelos, diretor do Instituto Evandro Chagas (IEC), uma das
vantagens da vacina feita com o vírus vivo é que apenas uma dose dá
imunidade para toda a vida. Quando for administrada em humanos, o
público alvo será mulheres em idade fértil e seus parceiros, além
de crianças com até 10 anos. Vasconcelos destaca que nenhuma vacina
feita com vírus vivo pode ser usada em gestantes.
DNA
Também
está sendo desenvolvida uma tecnologia, a partir do DNA recombinante
do vírus, para ser usada em mulheres grávidas. Esta vacina foi
testada em 18 camundongos. Após 49 dias da aplicação, foram
detectados altas taxas de anticorpos. Porém, deverá ser
administrada em pelo menos duas doses, para garantir a imunização.
O
acordo para o começo dos estudos foi assinado em fevereiro do ano
passado. Os próximos passos serão os registros na Agência Nacional
de Vigilância Sanitária (Anvisa), na Comissão Técnica Nacional de
Biossegurança, e obtenção da autorização do produto na
Plataforma Brasil, do Conselho de Comitê de Ética e Pesquisa, para
o começo dos testes em humanos.
VACINA
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Já foi testada em primatas e camundongos. A última fase de
testes foi em camundongos, com quase 100% de resultados positivos. Os
fetos não foram afetados
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Previsão é de que entre o fim deste ano e o começo de 2018 sejam
testadas em humanos. Para os estudos, o MS disponibilizou quase R$ 10
milhões.
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Vacina será produzida em pelo Instituto de Tecnologia em
Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz), com colaboração do IEC.
Casos
de chikungunya aumentam e os de dengue diminuem
Este
ano, ainda não foi registrada nenhuma morte por dengue no Pará. A
doença, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo transmissor
da febre chikungunya e do zika vírus, teve uma redução de 38% em
2017. Os dados são Secretaria de Estado de Saúde (Sespa). Entre os
dias 1 de janeiro e 23 de junho, foram confirmados 3.438 casos de
dengue. No mesmo período do ano passado, foram 5.564 casos.
Por
outro lado, o registro de casos da febre chikungunya aumentou no
Pará. Até o dia 27 do mês passado foram registrados 4.105 casos.
No mesmo período do ano passado, 170. Segundo Aline de Paula
Carneiro, coordenadora do Programa Estadual de Controle da Dengue, da
Sespa, no município de Xingará, 3 pessoas morreram este ano por
causa da doença.
Até
o dia 27 do mês passado foram registrados 274 casos de zika. No
mesmo período de 2016, foram 163 casos. “Desde o ano passado, os
casos de dengue estão reduzindo. Mas, mas os da chikungunya, que é
muito perigosa, aumentaram”, avaliou.
MUNICÍPIOS
O
município de Parauapebas lidera o ranking das cidades com mais casos
de dengue este ano (992), seguidos por Xinguara (413) e Marabá
(327). Belém não entra neste pódio. No entanto, é a 3ª cidade
que mais registrou casos da febre chikungunya, com 437 pessoas
afetadas, no primeiro semestre. Em Parauapebas, foram 1.236 casos e,
em Xinguara, 876.
Fonte:
Diário Online

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