"A
constituição precisa ser respeitada, Belo Monte é a pior desgraça que
aconteceu com Altamira, é uma apunhalada no coração da Amazônia, os
índios precisam ser ouvidos sim, mas a região hoje já vive um caos pela
irresponsabilidade do próprio governo que defende tanto a preservação do
meio ambiente... ....A decisão realmente chegou tarde, mas ante tarde
do que nunca". Dom Erwin Kräutler, Bispo do Xingu.
A entrevista coletiva, aconteceu hoje pela manhã em Altamira na sala da
Prelazia na Travessa Paula Marques no centro da cidade e contou com a
presença de lideranças do movimento de mulheres, Xingu Vivo Para Sempre,
pescadores e agricultores da volta grande, conselho indigenista
prelazia do xingu, associações com atividades de pesca, olarias e
transporte, além de advogados e representantes de organismos
internacionais.
O bispo do Xingu citou ainda os problemas enfrentados no Tabuleiro do
Embaubal com a mortandade de quelônios pelo manejo errado promovido pela
empresa BIOTA soluções ambientais. Além da riqueza de vida na volta
grande que não existe em nenhum lugar do mundo.
"Tudo o que existe aqui
simplesmente vai pro fundo, e tudo o que temos aqui não se compara a
nada no planeta inteiro, isso é destruição da nossa identidade" Acrescentou Dom Erwin.
BRASÍLIA
Congresso Nacional terá que ouvir comunidades afetadas pela construção de Belo Monte
A liberação das obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte só vai
acontecer depois que o Congresso Nacional realizar e aprovar a consulta
às comunidades afetadas. De acordo com o desembargador Souza Prudente,
do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), que relatou o processo
que determinou a paralisação das obras, os parlamentares também terão
que editar um novo decreto legislativo autorizando as obras em Belo
Monte.
“Não estamos combatendo o projeto de aceleração do governo. Mas não pode
ser um processo ditatorial”, disse o desembargador. A empresa Norte
Energia, responsável pela obra, deverá ser notificada entre hoje (14) e
amanhã (15) e poderá recorrer da decisão no Superior Tribunal de Justiça
(STJ) ou ao Supremo Tribunal Federal (STF).
O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) determinou na
segunda-feira (13) a paralisação das obras da Usina Hidrelétrica de Belo
Monte. Se a empresa Norte Energia não cumprir a determinação, pagará
multa diária de R$ 500 mil. A decisão foi tomada pela 5ª Turma do TRF1,
em embargo de declaração apresentado pelo Ministério Público Federal no
Pará (MPF/PA).
NORTE ENERGIA.
Por: Felype Adms (com informações da Agência Brasil).
NORTE ENERGIA.
A empresa Norte Energia, que administra a construção da Usina de Belo
Monte, no estado do Pará, ainda não recebeu comunicação da Eletrobrás
sobre a determinação judicial de paralisar as obras do complexo
hidrelétrico, em Volta Grande do Xingu, município de Altamira. O
canteiro de obras está parado hoje (15) porque é feriado no Pará – dia
em que se comemora a adesão do estado à independência do Brasil.
A Norte Energia ainda não se manifestou sobre a decisão tomada nesta
semana pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), que tem sede
em Brasília. Caberá à empresa fazer a comunicação ao consórcio
encarregado da execução das obras para que seja cumprida a decisão.
A 5ª Turma do TRF1 aceitou recurso do Ministério Público Federal e
determinou, em julgamento ocorrido na noite de segunda-feira (13), a
paralisação imediata das obras.
Por: Felype Adms (com informações da Agência Brasil).
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