Pedido
de suspensão da liminar que interrompeu as obras na Usina Hidrelétrica
de Belo Monte, na região de Altamira, no Pará, divide opiniões no
estado. A Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa) acredita
que obras devam ser retomadas o quanto antes, já o Ministério Público
Federal (MPF), autor da ação que paralisou as obras, acredita que
paralisação será mantida.
Para a Fiepa, a
interrupção das obras afeta a economia do Pará e pode gerar danos em
várias esferas. "O investidor fica com medo de investir. Tem 12 mil
homens que ficaram parados. Há prejuízos sociais, econômicos e de toda a
ordem", define José Maria Mendonça, vice-presidente do órgão.
Já o promotor
federal, Ubiratã Gazetta, acredita que a paralisação deve ser mantida
porque os índios e as comunidades tradicionais da região não foram
devidamente consultados sobre as obras. "Devemos cumprir a legislação.
Ouvir as comunidades significa não apenas respeitar o que está na
Constituição, como também respeitar essas minorias, os direitos humanos
dos índios que precisam ser ouvidos. À eles precisam ser explicados
todos os impactos e eles precisam se manifestar sobre o que as obras
significam para seu meio de vida, na sua forma de lidar com o meio
ambiente", defende.
Os três
canteiros de obras de Belo Monte estão paralisados deste está
quinta-feira (23). O consórcio construtor da Usina de Belo Monte enviou
de volta a sede municipal de Altamira todos os trabalhadores que estavam
nos canteiros.
Em nota, o
consórcio afirma que que está adotando todas as medidas cabíveis para
reverter a decisão do Tribunal Regional Federal, e que espera retomar as
atividades o mais breve possível.
G1 PA.
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