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terça-feira, 7 de agosto de 2012

Motos ferem mais de 4 mil


O Departamento de Trânsito do Estado do Pará (Detran-PA) registrou 347 mortes e 4.424 acidentes com feridos por conta de motocicletas, de janeiro a junho do ano passado (os dados mais atuais), em todo o Estado. Em todo o ano de 2010, foram 627 mortos e 6.639 feridos. O órgão manifestou preocupação com a periculosidade do veículo e despreparo dos condutores, já que os relatórios de 2011 ainda não foram concluídos e, já na metade do ano, se tem mais que a metade dos mortos e feridos do ano anterior.

Por isso, a extensão do prazo da obrigação dos cursos para mototaxistas, motoboys e motofretistas, até fevereiro do ano que vem, é considerada um retrocesso para o Detran-PA. Porém, somente o Instituto de Ensino de Segurança Pública do Pará (Iesp), em Marituba, na região metropolitana, oferece o curso oficial e ainda está sendo feito o credenciamento de mais instituições para ofertar o curso dentro do que determina a resolução 350 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que obriga a capacitação da categoria.

O coordenador de Planejamento do Detran-PA, Carlos Valente, afirma que o aumento de acidentes com motocicletas é preocupante, pois a tendência é somente aumentar. 'O número de feridos com motos, em 2010 (6.639), é quase quatro vezes maior que o número de pedestres feridos, que é de 1.846 em todo o Pará. As mortes com motos (627) são mais que o dobro do que com pedestres (280). Ainda não fechamos o relatório de 2011, mas, até junho, já temos 347 mortos e 4.424 feridos com motos, o representa uma diferença muito grande entre as segundas principais vítimas do trânsito, que são os pedestres, que tiveram, no mesmo período, 147 mortos e 1.099 feridos. Esse curso precisa ser exigido com urgência, pois será legalizado um serviço de transporte necessário, porém, perigoso. O Contran não deveria ter voltado atrás', analisou Valente.

Para a coordenadora de Educação do Detran-PA, Alessandra Andrade, o novo prazo pode não ter sido um retrocesso, mas, sim, uma forma de rever o curso exigido na resolução, desde outubro do ano passado, e ampliar a oferta. Agora, as autoescolas poderão pedir o credenciamento para ofertar o curso.

O presidente do Sindicato dos Mototaxistas Autônomos do Estado do Pará (Sindmapa), José Ribamar Silva, o 'Alemão', disse que a categoria não teve oportunidade de fazer o curso por falta de oferta, principalmente em municípios pequenos ao longo da rodovia BR-316. 'Dos sete mil mototaxistas de Belém, 1,6 mil já fez o curso do Serviço Social do Transporte (Sest) e no Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Senat) e temos mais 400 concluindo. Moju e Cametá têm 100% dos seus mototaxistas autorizados já com o curso concluído', afirmou.

Amazônia Jornal

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